sexta-feira, 27 de junho de 2014

Nossa Senhora Perpétuo Socorro...




De acordo com uma antiga tradição, o ícone precioso da Mãe do Perpétuo Socorro, que remonta ao século XIV, foi levado para a Itália a partir da ilha de Creta, por um comerciante, no final de 1400.
De 1499 a 1798, o ícone foi exibido na igreja de São Mateus, em Roma (localizado perto da atual igreja de Santo Afonso). Durante a ocupação napoleônica, a igreja foi destruída, mas a imagem de Nossa Senhora foi resgatada em 1819 e colocada na igreja de Santa Maria em Posterula.
A Congregação dos Redentoristas, fundada por Santo Afonso, em 1732, pediu ao Papa Pio IX para preservar a imagem na Igreja de Santo Afonso em Merulana, construída ao lado do local onde ficava a igreja de São Mateus. Depois de ser restaurado pelo pintor polonês Leopold Nowotny, o ícone foi colocado na igreja, em abril de 1866.
A MENSAGEM DO ÍCONE
"Ícone" é uma palavra grega que significa "imagem". É um dos mais populares no mundo, porque ele também é um dos mais copiados. O ícone é proposto para transmitir mais de uma descrição simples de um assunto sagrado.
No ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, além da Virgem Maria é representada Jesus Cristo e os Arcanjos Gabriel e Miguel, mostrando os instrumentos da Paixão: a cana, a esponja, a lança, os pregos e a cruz. O menino Jesus, assustado com essa visão, agarra-se aos braços da mãe.
O artista quis retratar a angústia de Cristo com uma característica distintamente humana, pintado a sandália direita que desliza a partir do pé da criança. Enquanto a criança agarra firmemente à mão da mãe, Maria tende a consolá-lo, os olhos da Virgem, cheios de compaixão, dirigem-se para aquele que observa a cena.
 Maria participa da paixão do Filho convida toda a humanidade a se unirem ao gesto do redentor,  seguindo o seu exemplo.  A imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro por sua profundidade simbólica, é um livro de meditação.


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro socorrei-nos!



Protetor de animais...

                                                               

 

Ser um “protetor de animais” é ter responsabilidade social de maneira totalmente independente da caridade.

 Promover a conscientização em relação ao respeito dos animais... Ser protetor não é simplesmente resgatar um animal, levar para um abrigo e esquecer.
Lembre-se, você resgatou tem a responsabilidade com ele ...
cuidar e doar.
Abrace uma causa, qualquer causa, mas faça-o com responsabilidade e de coração aberto.
Existem 3 tipos de pessoas:

 as que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam... o que aconteceu?

 (John Richardson) 



  

 "Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho." 


(Martha Medeiros)



Cirque Du Soleil...








Corteo, que significa "cortejo" em italiano, é uma procissão alegre, uma parada festiva imaginada por um palhaço.






 Este espectáculo reúne a paixão do ator com a graça e a força do acrobata, para transportar o público a um mundo teatral de prazer, comédia e espontaneidade situado num espaço misterioso entre o céu e a terra.

O palhaço imagina o seu próprio funeral, numa atmosfera de festa e observado por amáveis anjos.

 Contrastando o grande e o pequeno, o ridículo e o trágico, a magia da perfeição e o charme da imperfeição, o espetáculo evidencia a força e a fragilidade do palhaço, mas também a sua sabedoria e ternura, para ilustrar o aspecto humano de cada um de nós.

A música, ora lírica, ora divertida, transforma Corteo numa festa intemporal onde a ilusão brinca com a realidade.


terça-feira, 24 de junho de 2014

São João Batista...

Nascido em 24 de junho, alguns meses antes de Jesus, São João Batista é filho de Isabel, prima de Maria, que anunciou a vinda do Messias e foi chamado de precursor do povo judeu.Antes mesmo de Jesus, João Batista já pregava publicamente às margens do Rio Jordão. Ficou conhecido pela prática de purificação através da imersão na água, o batismo, tendo inclusive batizado o próprio Cristo nas águas desse rio, tornando-se, por isso, uma tradição no cristianismo.São João foi preso a mando do Rei Herodes e levado para uma fortaleza onde foi mantido por dez meses até sua morte.Atendendo ao pedido de sua enteada Salomé, o monarca mandou degolá-lo e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata. Depois, foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes.Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus. Onze séculos depois, na Idade Média, o santo se tornou popular quando os cavaleiros hospitalários e templários – guerreiros cristãos que defendiam Jerusalém dos muçulmanos o adotaram como patrono.adotaram como patrono.



Festa "junina" chamada inicialmente "joanina" de São João





 Um dos grandes símbolos das festas juninas é a fogueira de São João.

 Segundo a tradição católica, ela surgiu na noite do nascimento do santo, quando sua  mãe, Isabel, teria mandado acender uma fogueira nas montanhas da Judeia para  anunciar a chegada do filho ao mundo.
 Outros vão dizer que o costume foi introduzido pelos primeiros cristãos, que  acendiam fogueiras na festa de São João para lembrar que foi ele quem anunciou a  vinda de Cristo, o símbolo da luz divina.
 Reza a tradição que a fogueira de São João deve ter a forma de uma pirâmide com  base arredondada.



segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sri Prem Baba...



Seu coração se alegra quando você se sente guiado; quando percebe que não está sozinho e que não é uma folha solta ao vento, mas que existe uma inteligência conectando tudo, e que você faz parte disso - você faz parte desse jogo.
 Então, você se sente pertencendo - você é uma flor no jardim do criador.
 Dessa forma não há tristeza.
 Mas, para chegar a esse estado de contentamento é preciso aprender a escutar a voz da intuição e a prestar atenção na sincronicidade, porque, por trás de uma misteriosa “coincidência” sempre há uma mensagem para você.
 A sincronicidade é a linguagem que o universo utiliza para te mostrar os próximos passos da sua jornada.” 


domingo, 22 de junho de 2014

Cura da Alma...


Lara...minha periquitinha!


Hoje, meu domingo começou muito triste!
Lara, minha periquitinha mimosa, partiu...
Foi nossa companheirinha, desde que a Manu 
a deixou cega de um olhinho.
Vou sentir muito sua falta...




"Não posso fazer grandes coisas...
. Mas certamente posso fazer pequenas coisas com muito amor..."

Madre Teresa de Calcutá 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Renan...meu sobrinho-neto

Para não esquecer...
 Algumas "pérolas" do Renan:

"Papai fez uma curva muito malucante!"
" Hora de acordar! Ta um lindo dia de sol!"
"Quero um nescauzinho bem fresquinho!"
"Olha aquele guincho uau que bacana"
"O papai é bem super fabuloso"
"Que barulho é esse mamãe? (Trovões) Ah é uma tempestagem."
"Aquele avião é de hélics ou injato?"
"O nome do nenê do Dé é Thalecs".

Beatles...

       


                                       Última apresentação dos Beatles 

                                            

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Silêncio...

"O silêncio oportuno é mais eloquente que o discurso."
Quem nunca precisou de um tempo para sentar e esperar o pensamento se organizar e, só então, tomar uma decisão importante?
Quem nunca precisou se isolar no seu cantinho e esperar a tempestade passar lá fora, com a vontade de que tudo se organizasse o mais rápido possível?
Às vezes nosso silêncio é mal interpretado; porque não resta dúvidas de que quando silenciamos, milhares de pensamentos tomam de conta de quem está ao nosso lado, 'ouvindo' nossa abstinência. Também não é segredo que quando nos acalmamos, o mundo ao nosso redor parece descansar com a gente. Muitas vezes o silêncio, o saber calar e ouvir mais do que falar, pode ser mais oportuno e incrivelmente mais recompensador que horas de longos discursos ensaiados.
Antes de dormir, aproveite para pensar sobre o dia que passou, sobre o silêncio que você fez. 

Seja seu silêncio de dor, de alegria, de relaxamento ou de esperança, não importa o que pensarão. O importante é você se concentrar em você mesmo(a).


                                                            

domingo, 8 de junho de 2014

Carta do Céu...





Quando passei daqui para lá, eu sabia que o seu coração iria se quebrar.

É aqui e não aí que eu resido; nas montanhas, nos campos e nos lagos.

Na chegada de cada nova alvorada e em cada pôr do sol,

Nos pássaros, nas árvores e no céu azul, você ficará sabendo que ainda estou perto.

Eu parti seu coração, não há como desfazer isso;

Sofra agora, mas não permaneça muito tempo na escuridão.

Se eu estivesse aí e você estivesse aqui, você claramente veria..
.
Que você está bem aí e eu estou bem aqui, foi onde nós
escolhemos estar.

Portanto, dance, cante e ria alto, como sempre fizemos;

Eu sei que é difícil, mas saiba que eu estou bem aqui a seu lado.

E quando sentir vontade de chorar, tente sorrir através 
das lágrimas;

Espero que você lembre que eu a amarei por mil anos.

E, quando estiver se sentindo sozinha e não souber o que fazer,

Feche os olhos e leia esta carta que eu lhe escrevi.



(um poema para uma mãe...)
do livro Laços de Amor Eterno
de James Van Praagh




Aconchego familiar...



Frio, fogo na lareira, mate,um bom vinho e... aconchego familiar.
Aquece a alma!

Pedindo...



Estava caminhando pelo corredor do supermercado quando reparei na roupa da mulher à minha frente: ela estava de calça legging e um top de lycra. Naturalmente, dali iria para a academia de ginástica, ou havia acabado de voltar de uma. Como vou muito cedo ao súper, é comum eu encontrar várias mulheres em trajes esportivos, todos ajustados ao corpo por causa do material com que são confeccionados. Foi então que me dei conta de que eu estava vestida do mesmo modo, já que em seguida teria aula de pilates. Contei: éramos algo em torno de sete mulheres no súper de manhã, de idades diversas, todas correndo risco de serem atacadas sexualmente assim que saíssemos de lá. Afinal, estávamos “pedindo”.

Corta para a saída do colégio da minha filha. O sinal bateu. Pelo portão, saem duas, três, nove adolescentes. Quase todas de short e blusa de alcinhas, aproveitando os últimos dias de calor pós-verão. Algumas iriam a pé para casa, outras de ônibus, circulando pelas ruas com pernas e barrigas de fora. Naturalmente, “pedindo”.

Acreditamos que as pessoas “pedem” para sofrer consequências. O menino que detesta futebol está pedindo para ser alvo de piadas homofóbicas, o ciclista que pedala numa rua movimentada está pedindo para ser atropelado, o turista que deixa seus pertences na areia enquanto mergulha no mar está pedindo para ser roubado. É um vício de linguagem que divide a culpa da violência entre todos – ninguém é vítima absoluta. Algo na linha “perdoa-me por me traíres”. Se você foi sacana comigo, é porque mereci.

Há uma grande diferença entre a contribuição que dou ao que acontece comigo – claro que isso existe – e o que é maldosamente confundido com contribuição a fim de atenuar a penitência do agressor. O resultado da pesquisa do Ipea que revelou que boa parte da população acredita que o modo de vestir de uma mulher justifica o estupro, é chocante e indefensável. Um homem que se prevalece desse argumento (“ela estava pedindo”), além de criminoso, é um covarde.

Da mesma forma, o fato de estarmos alarmados com os índices crescentes de corrupção e de a sociedade estar se organizando em manifestações contra o governo não significa que estejamos “pedindo” a volta da ditadura. Violentar a democracia também seria um estupro.

Má-fé. É ela que faz com que pessoas que não toleram a liberdade tentem reprimi-la usando a desculpa de estarem atendendo a “pedidos”. Liberdade ainda é uma palavra que assusta. Pessoas livres são consideradas irresponsáveis, por isso o impulso de enquadrá-las. Mas de responsabilidade os repressores entendem nada. Se entendessem, assumiriam os seus atos e pagariam integralmente por eles, em vez de tentarem repartir a conta da brutalidade com inocentes que estão apenas exercendo seu direito à cidadania.

Martha Medeiros

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Bed-ins for Peace,,,


Bed-In1 ou Bed-ins for Peace (tradução aproximada: na cama para a paz) é o nome dado a um protesto pacífico contra a guerra e para promover a paz feito por John Lennon e Yoko Ono.
John Lennon e Yoko Ono casaram-se em 20 de março de 1969, e aproveitando o grande interesse da imprensa eles decidiram usar a publicidade para promover a paz mundial. Eles passaram a lua de mel no quarto 702 no Hotel Hilton de Amsterdã por uma semana entre dia 25 e 31 de março, convidando a imprensa mundial para entrar no quarto de hotel entre as 9 horas da manhã e 9 horas da noite. Depois do lançamento do álbum Two Virgins, onde ambos apareceram nus na capa, a imprensa esperava que eles fossem fazer sexo publicamente, mas ao invés disto eles ficaram sentados na cama falando sobre paz. Depois de sete dias, eles viajaram para VienaÁustria, onde fizeram a uma conferência para a imprensa chamada de Bagism, comendo bolo de chocolate enquanto estavam dentro de um saco branco. O casamento, o primeiro Bed-in e a conferência em Viena foram mencionados na canção "The Ballad of John and Yoko".[carece de fontes]
O segundo Bed-in tinha sido planejado para acontecer em Nova Iorque, mas John foi proibido de entrar no país por ter-se declarado a favor do uso de maconha em 1968. Eles viajaram então para as Bahamas no dia 24 de maio de 1969, hospedando-se no Hotel Sheraton Oceanus, mas após uma noite quente de 30°C (ou 86°F), eles decidiram mudar o segundo Bed-in para TorontoCanadá.
Finalmente, eles viajaram para Montreal no dia 26 de maio, onde se hospedaram no quarto 1742 do Hotel Queen Elizabeth. Durante os sete dias do segundo Bed-in, eles convidaram Timothy LearyTommy SmothersDick Gregory, e Al Capp para cantar a música em favor da paz "Give Peace a Chance", gravada no quarto de hotel no dia 1 de junho. Todos menos Al Capp se juntaram ao ex-beatle e sua mulher.[carece de fontes]
Em dezembro de 1969, eles espalharam mensagens em out-doors dizendo "War is Over! If You Want It - Happy Christmas From John and Yoko" ("A guerra acaba se você quiser, feliz Natal de John e Yoko") por onze cidades.
No dia 23 de dezembro de 1969, o primeiro-ministro canadense Pierre Trudeau foi o primeiro líder mundial a receber uma visita do casal. Eles falaram por cerca de 50 minutos sobre a paz mundial.
A campanha pela paz de John Lennon e Yoko Ono não foi bem recebida por muitos jornalistas, que os acusaram de procurar publicidade e dinheiro. Lennon respondeu que poderia escrever uma música em uma hora e fazer mais dinheiro do que gastando sete dias falando sobre paz em uma cama de hotel.


André Rieu...


Um ano sem Luciana...


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Artur da Távola...

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.

Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.
Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reinvindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.
Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos) :não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha mêdo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.
Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo
do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. Sem mêdo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.

Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

domingo, 1 de junho de 2014

Celine Dion...


A tristeza e a fúria...

J.J. Camargo: a tristeza e a fúria Edu Oliveira /Arte ZH



Há tantas e tão imprevisíveis maneiras de expressar sentimentos que desconfio que os psiquiatras trabalham, na avaliação inicial, com modelos padronizados numa espécie de triagem emocional que servirá para definir em qual escaninho operacional aquele distúrbio será colocado.
Mais ou menos o que fazemos com as grandes síndromes de urgência no pronto atendimento.
Convivendo com familiares desesperados pela iminência da perda, é comum flagrarmos destemperos grotescos de pessoas tidas pelos seus como indivíduos pacatos. O turbilhão de conflitos que permeia essas relações, agudizadas pela mistura de medo, ansiedade, impotência e culpa, exige do médico grande maturidade e firmeza, para que se restabeleça a ordem mesmo que todas as setas apontem para o caos.
Quando a moça da recepção pediu ajuda porque um tipo agressivo ameaçava bater em todo mundo se a mãe não internasse logo, a fúria parecia descabida.
A velhinha, com um ar de alienação pacificadora, tinha como única queixa uma leve dor de cabeça recorrente nos últimos anos. Quando me dirigi ao bagunceiro e perguntei que tragédia se abatera sobre ele que lhe causara tanta tristeza, houve uma pausa, como se todos os gestos tivessem sido congelados. Ele, como que atingido em pleno voo, encolheu-se, sentou, e começou a chorar. "Deus não tinha o direito de levar minha filhinha". Ali, sim, havia uma dor de verdade.
Quando o encontrei, dois dias depois na lancheria do hospital, ele sentou comigo, pediu desculpas outra vez, e perguntou: "O Senhor é algum adivinho? Como é que sabia da minha tragédia?".Então, compartilhamos um café e lhe contei uma história que li há muitos anos num livro de contos de Jorge Bucay, um psiquiatra argentino: "Num reino encantado havia um lindo bosque e, dentro dele, um lago de águas transparentes onde se refletiam todas as tonalidades do verde.
 
Nesse lugar maravilhoso, se acercaram para banhar-se, fazendo-se mútua companhia, a tristeza e a fúria. As duas tiraram as roupas e, nuas, entraram no lago. A fúria, apressada como sempre está a fúria, urgida sem saber por que, banhou-se rapidamente e, mais rapidamente ainda, saiu da água. Acontece que a fúria é cega, ou pelo menos não distingue claramente a realidade. Por isso, apressada e nua, pôs ao sair o primeiro vestido que encontrou. E aconteceu que aquele vestido não era o dela, mas o da tristeza...
E assim, vestida de tristeza, a fúria se foi.
 
Indolente e serena, disposta como sempre a ficar onde está, a tristeza terminou o seu banho e, sem pressa, lenta e preguiçosamente, saiu da água. Na margem, deu-se conta de que a sua roupa já não estava ali. Mas, como todos sabemos, se há coisa que não agrada à tristeza, é ficar desnuda. Por isso, vestiu a ún
ica roupa que havia por ali: o vestido da fúria.
 
Conta-se que, desde então, muitas vezes deparamos com a fúria, intransigente, cega, cruel e agastada. Mas, se olharmos com atenção, veremos que essa fúria não passa de um disfarce e que, por trás do disfarce da fúria, na realidade, está escondida a tristeza".
Ficamos abraçados um tempo e, então, ele insistiu em pagar o café.

JJCamargo

A mulher exigente...



image

”Um homem só é feliz ao lado de uma mulher se é dele o controle remoto.”
 
 Foi o que me disse outro dia meu amigo Guillermo. Guillermo foi vítima da Mulher Exigente. Alessandra, sua namorada, transformou-o num escravo.
 
 Ela escolhia os filmes no cinema, os DVDs, as peças de teatro. Ela escolhia os restaurantes, as viagens, os hotéis. Ela escolhia as posições sexuais e as preliminares. Aliás, demoradas e extenuantes mesmo para uma pessoa atlética como Guillermo.

E a morte: ela não lhe dava a menor chance de pegar o controle remoto.

A Mulher Exigente não é uma espécie exatamente nova. Na Bíblia, você encontra muitas delas, como Betsabá, que mandava no rei Davi, que mandava em todos. (Para tê-la, Davi enviou o marido de Betsabá à frente de uma guerra. O objetivo era que ele morresse, o que logo aconteceu.) A Mulher Exigente, repito, não é novidade. Mas o fato é que, nos tempos recentes, com o avanço feminino em todas as áreas, do escritório ao futebol, ela se multiplicou espantosamente.

A Mulher Exigente parece se vingar, em cada homem, da dominação masculina secular. O homem não é um parceiro, um cúmplice, a metade de um todo. O homem é o concorrente a ser batido. Como uma gladiadora sem direito a férias nem fins de semana, a Mulher Exigente está em combate o tempo todo. Ela quer espaço, mas não em pedaços. Ela quer todo o espaço.

A Mulher Exigente despreza o avental e a cozinha. Despreza sua mãe, sua avó e todas as antepassadas que se curvaram ao pérfido domínio masculino. Despreza o homem. No fundo, a Mulher Exigente prefere um vibrador a um macho, porque é mais fácil de manejar. A frase masculina que mais a excita sexualmente, dita num timbre tímido e amedrontado, é: “Posso?”
Ela não fala, grita. Ela não pede, manda. Ela não cede, impõe.

E ela, paradoxalmente, é nossa cria. Nós inventamos nosso inimigo. Nós a demos à luz. Nós e nossa covardia culpada. Porque nós nos sentimos culpados por ser homens e mandar, desde sempre. Nós caçávamos os javalis enquanto elas ficavam no conforto aquecido da caverna, nós nos expúnhamos ao frio e aos dentes da fera e, mesmo assim, carregamos um sentimento de culpa que se refinou ao correr dos longos dias e foi dar na proliferação da Mulher Exigente.

Somos vítimas não da Mulher Exigente, mas de nós mesmos.

Viramos subalternos, ganhamos a docilidade pétrea de recrutas perante generais. Nos transformamos em pó. Somos chicoteados e agradecemos ao chicote e à mão que o empunha pela deferência em nos escolher como alvo.

A queda da Bastilha selou a Revolução Francesa. Entendi, pela expressão aterrorizada de meu amigo Guillermo, que a Bastilha de nós, homens, é o controle remoto. Ao perdê-lo, perdemos tudo. É o último reduto do homem que não se rende, a sua Excalibur. A derradeira esperança, a tocha trêmula numa escuridão espessa.

A Mulher Exigente vai mandar você deletar este texto.

                                   E você vai deletar.
Fábio Hernandes

Beatles...


Hoje, estão sendo lembrados os 50 anos do lançamento do primeiro álbum dos Beatles, “Please Please
Me”, ocorrido no dia 22 de março de 1963. Estava começando uma era, um estilo, um modo de entender a vida. A música nunca mais seria a mesma. Não se trata de uma frase apenas altissonante ou exagero, mas os Beatles realmente significaram o início de um novo tempo para a música mundial. Eles foram, sem dúvida, os inventores do gênero pop, com seus concertos para multidões de fãs que não se limitam a ouvir a música de seus ídolos, mas também querem emulá-los. Eu os ouvi pela primeira vez na extinta rádio Municipal, onde o inesquecível Dino Rosa apresentava todos os domingos o programa “Os Campeões da Semana” que tocava as músicas de maior sucesso na época. “Love Me Do” era o grande destaque. Depois ingressei no rádio e no programa que apresentava aos domingos, a Grande Parada, os hits dos Beatles apareciam como os favoritos do público. Mas voltemos ao primeiro álbum do quarteto.
O Lp, como eram conhecidos os discos; um “long-play” de 33 rpm (rotações por minuto) e doze polegadas – a explicação se faz necessária para as novas gerações – tradicionalmente era a opção financeira mais vantajosa. Ao planejar o primeiro Lp dos Beatles,George Martin, seu produtor, se defrontou com dois problemas. Primeiro, mesmo com os Beatles tendo alcançado o topo das paradas com os single “Love Me Do” em 1962, a gravadora EMI não estava disposta a gastar mais do que uma ninharia na empreitada; segundo, a agenda de apresentações do grupo deixava pouquíssimo tempo para o trabalho de estúdio. No livro John Lennon A Vida, Philip Norman conta que o quarteto conseguiu completar o Lp numa única sessão de gravação que durou um dia inteiro, sem recorrer a estimulantes além do chá e das pastilhas para a garganta. Oito faixas eram composições de John e Paul, “ I Saw Her Standing There, “ Mysery”, “Do You Want To Know a Secret?” e “There’s a Place”, entre outras; as demais eram suas favoritas e inesperadas versões do cover do pop americano negro. Ouvindo o disco hoje, ainda é possível notar a empolgação da abertura de Paul MacCartney “ One-two,three-FAW”. O que vem depois é puro talento e criatividade. Eles mostram no disco como eram habilidosos , versáteis , experimentais e excêntricos. Começavam a moldar a música que hoje a garotada ouve em seus Ipads,mp-3, celulares, Iphones, etc. Praticamente todas as catorze faixas ainda hoje soam surpreendentemente atuais.
A Taste of Honey traz um vocal de tom jazzístico de Paul. A jovial angústia adolescente se destaca nas canções “There’s a Place” e “ Mysery”. Os Beatles demonstravam no seu primeiro álbum a extraordinária gama de estilos musicais que dominavam. Em “Twist and Shout”, John rouba o show, com uma voz rasgada e contundente. Paul se mostra onipresente e precocemente brilhante, e George também está ali, bem mais do que se considerava à época. Aliás, seu talento só irá se destacar no final da carreira do quarteto. Lennon e MacCartney monopolizaram as atenções.A verdade é que a crescente popularidade do grupo,que a imprensa britânica passou a chamar de Beatlemania, fez com que eles crescessem em sofisticação. Os Beatles vieram a ser percebidos como encarnação de ideais progressistas e sua influência se estendeu até as revoluções sociais e culturais da década de 1960. Sua música embalou um mundo que vivia a guerra do Vietnã,o crescimento das tensões no Oriente Médio entre judeus e árabes que logo levaria à Guerra dos Seis Dias; na América do Sul, Che Guevara buscava estabelecer uma base guerrilheira na Bolívia; aqui no Brasil, Marighella formava a Aliança de Libertação Nacional e partia para a ideia de luta armada contra o regime militar. Era um mundo em ebulição,que os Beatles retrataram em suas canções de forma genial. Eles não convocavam para se tomar as ruas, mas antes faziam sátiras sobre todos os jovens revolucionários bem-alimentados com sua impetuosa vontade de “mudar o mundo”. Ainda hoje, passados 50 anos do lançamento do seu primeiro álbum, os Beatles conseguem exercer um verdadeiro fascínio sobre as novas gerações. Hoje, portanto, é dia de tomar um bom vinho, colocar no toca discos “Please Please Me” – sim toca discos –, para que seja o som autêntico da época, e, curtir John,Paul,George e Ringo. Yeah-yeah-yeah!!!

Do Jornal
O Nacional
Sexta-Feira, 22/03/2013 às 17:15
José Ernani de Almeida


A Grande Parada

Tempos atrás meu prezado amigo Jorge Anunciação sugeriu que eu escrevesse sobre um programa que produzi e apresentei durante muitos anos na rádio Planalto-AM, entre os anos 1970-1980, denominado a Grande Parada, que destacava os maiores sucessos musicais da época. Na verdade, a inspiração veio de um programa que o saudoso Dino Rosa apresentava na extinta rádio Municipal, nos anos 1960, aos domingos, chamado Os Campeões da Semana. A Grande Parada também ia ao ar aos domingos, das 13h às 15h, rodando as 30 canções de maior destaque em cada semana.
O programa começou a ser apresentado em 1969, ano em que a rádio Planalto começou a operar. Aquele ano entrou para a História do Brasil e do mundo: a guerra fria ainda imperava; um de seus principais símbolos – a guerra do Vietnã – estava no auge; a sociedade americana ainda vivia um intenso período de conflitos raciais, enquanto assistia ao crescimento de um forte movimento de contracultura, os hippies, que encontrou seu momento máximo no final dos anos 1960 nos EUA e começou a se espalhar pelo mundo ao longo dos anos 1970. O homem chegou à Lua e, a expressão “sexo, drogas e rock and roll”, nunca teve tanto sentido, como nos 3 dias do festival de Woodstock, um dos maiores eventos da música em todos os tempos.
Aqui no Brasil vivíamos entre a Jovem Guarda e o Tropicalismo e, entravamos no mais sombrio capítulo de nossa história, os terríveis “anos de chumbo”, com uma repressão violenta, marcada por censura, torturas, assassinatos, exílios, cassações autorizados pelo AI-5 que havia sido imposto em dezembro de 1968. Foi neste contexto que aqui em Passo Fundo começamos a fazer um rádio que tinha uma proposta moderna. A tônica da programação era a música e, dentro dela, a Grande Parada ganhou uma audiência incrível. Ainda hoje os seus velhos ouvintes a lembram com saudade. As tardes de domingo eram embaladas pela Grande Parada.
Entre as músicas que alcançaram destaque no programa figuraram: Aquele Abraço, de Gilberto Gil, canção composta pelo baiano como despedida, uma vez que ele e Caetano, depois vários meses presos, foram expulsos do país. Esta música permaneceu por várias semanas no primeiro lugar, entre as 30 mais da Grande Parada. Foi uma forma de protestar e de provocar a “revolução democrática”. Enquanto os amantes da “música de protesto” chamavam os tropicalistas de alienados, os militares perceberam o teor da sua subversão e os mandaram para Londres. O ano de 1969 revelou, igualmente, um novo grande talento na MPB, Paulinho da Viola, que venceu o último festival da Record, com uma canção cuja letra mostrava a impossibilidade de diálogo. Era um reflexo do mal-estar gerado pelo AI-5.
Estava decretado o “cala a boca”. Assim, a música de Paulinho, Sinal Fechado, foi outro grande destaque na Grande Parada. Outros destaques foram, Taiguara, com a bela canção Hoje; Wilson Simonal, País Tropical; Gal Costa e Caetano Veloso, com Que Pena; Jorge Ben com Charles, Anjo 45 e Cadê Tereza; Martinho da Vila, com o samba O Pequeno Burguês (este samba embalou as festas dos vestibulandos da época); Nelson Ned, Tudo Passará; Toquinho e Jorge Ben, Que Maravilha; Elís Regina, Madalena; Caetano Veloso, Atrás do Trio Elétrico; Evinha, vencedora do Festival Internacional da Canção daquele ano, esteve presente durante várias semanas no primeiro lugar do programa com Cantiga para Luciana. Roberto Carlos lançou naquele ano um de seus melhores Lps. Dele várias músicas figuraram na relação das 30 mais, como As Curvas da Estrada de Santos, Sua Estupidez, Eu Disse Adeus.
Já Erasmo Carlos monopolizou por várias semanas o primeiro lugar no ranking das melhores músicas com Sentando à Beira do Caminho. Ao longo das duas horas da parada de sucessos, fazíamos contatos com rádios do estado que informavam quais as músicas mais tocadas em suas respectivas programações, como a rádio Continental de Porto Alegre, Medianeira de Santa Maria, Fátima de Vacaria, Universidade de Pelotas, Difusão de Erechim. Era uma época de grande penetração da música estrangeira no Brasil. Até porque, como a censura proibia a maioria das músicas brasileiras, a saída era apelar para os sucessos internacionais. Entre os grandes hits mundiais de 1969 se destacaram na Grande Parada: I Started a Joke e Tomorrow, Tomorrow, dos Bee Gees; Aquarius/ Let The Sunshine In, 5h Dimension; Get Back; Hey Jude, Ballad of John And Ioko, dos Beatles que estavam lançando o antológico Lp Abbey Road; Sugar, Sugar, The Archies; F....Comme Femme, Adamô; Traces, Classics IV; Proud Mary, C.C.Revival; My Cherrie Amour, Stevie Wonder; To Sir With Love, Lulu; Those Were The Days, Mary Hopkin;Zingara, Bobby Solo; Love Is All, Malcon Roberts; My Way, Franck Sinatra; My Special Angel, The Vogues. Estas canções aqui relacionadas estavam inseridas no contexto da década de 1960, que vivenciou o surgimento dos Beatles, da música de protesto de Dylan e Joan Baez, do Tropicalismo e do iê,iê,iê da Jovem Guarda, da crescente popularidade do rock and roll no mundo, associando-se ao final da década á rebeldia política e, igualmente, ao romantismo, herança dos “anos dourados”. Na próxima semana continuaremos resgatando a memória musical das décadas de 1970/1980, tendo como fonte de inspiração a Grande Parada.
José Ernani de Almeida