domingo, 27 de março de 2016

Ignorância...




É comum chamar de ignorante aquela pessoa que não sabe ler nem escrever. Porém, esses são analfabetos, não ignorantes. A ignorância ultrapassa as questões escolares.
Qualquer pessoa que durante sua criação não tenha tido algum acesso à arte de boa qualidade, a noções mínimas de filosofia e psicologia, à literatura, à informação, à música e, principalmente, à ética e ao afeto, arranca em desvantagem. Pode conseguir se formar, virar bacharel, doutor, mas permanecerá endurecido por um mundo estreito, terá dificuldade de dialogar. Abandonado pela falta de critério, de instrução e de conhecimento, viverá bitolado como um selvagem. Não conseguirá enxergar o mundo de forma generosa, apenas rosnará para espantar o próprio vazio.
Como você deve ter adivinhado, isso nos leva ao menino Bernardo. Não preciso descrever o que senti ao ler a transcrição dos diálogos gravados dentro daquela casa em Três Passos – você sentiu o mesmo. É desolador. Leandro e Graciele, que em tese eram responsáveis pelo garoto, são dois débeis sem consciência do que suas atitudes provocavam. Mesmo que Bernardo fosse uma peste, era uma criança. Uma criança!
A covardia psicológica que sofreu é diabólica.
O desfecho do caso foi uma exceção – raros sãos os pais que matam filhos ou enteados. Porém, se os assassinos são poucos, os ignorantes proliferam em todos os bairros, em todas as classes sociais: inúmeros homens e mulheres simplesmente não zelam pela cabeça dos filhos. Ensinam a escovar os dentes, a dizer obrigado, matriculam numa escola e tarefa cumprida. São tão ignorantes que muitos fazem uma brincadeira considerada “didática”: estimulam o filho a se jogar de cima de um armário garantindo que o segurarão nos braços. E seguram. Seguram na primeira vez, na segunda, na terceira, até que na próxima a criança se joga e o pai o deixa se esborrachar no chão, justificando-se com a pérola: “É pra você aprender a nunca confiar em ninguém – nem em mim”.
Que cretinice. Crianças precisam aprender a confiar, não a desconfiar. Crianças precisam ter seus afetos respeitados, e não ouvir que a mãe e o pai que amam são vagabundos – mesmo que sejam. É preciso garantir a sanidade mental de uma criaturinha em formação, usar palavras amáveis, não destruir seus sonhos, dizer a verdade com jeito, não estimular a competição, não fazê-la se sentir desprotegida, não tratá-la com grossura, não obrigá-la a se posicionar como um adulto antes
da hora. Tudo isso também é violência.
Custaremos a ver outro assassinato hediondo como esse, mas crianças sofrendo agressões pesadas continuarão a existir. Elas não morrerão, mas crescerão com transtornos emocionais e um dia criarão seus próprios filhos de que maneira? Com o padrão miserável que vivenciaram.
Para evitar que crianças se esborrachem no chão e na vida, para fazê-las confiar em si mesmas e no mundo, só combatendo a ignorância.


Martha Medeiros

O menino e a baleia...


Dia de sol na beira da lagoa. Lugar perfeito para uma brincadeira com bola. Meu netinho, já cansado dos adultos, anseia por um companheiro de sua idade para brincar. Chega um rapaz acompanhado pelo seu filho, com quatro ou cinco anos de idade. Meu neto, imediatamente vai ao seu encontro oferecendo a bola, que o menino aceita imediatamente. As crianças começam a brincar, enquanto o pai da criança se acomoda em um banco, serve-se de um chimarrão e começa a mexer em seu celular. Enquanto escuta músicas antigas, parece telefonar ou mandar mensagens. De longe acompanhamos a brincadeira das crianças, que tem o mesmo porte físico. A brincadeira evolui, mas a habilidade futebolística do menino chama a atenção. Parece ter nascido para ser jogador de futebol. Brinca com a bola todo o tempo, dribla meu netinho, faz piruetas, e não quer soltar a bola. Sua destreza nos chama a atenção, a ponto de brincarmos que poderia ser contratado por qualquer clube desde essa idade. De forma disfarçada, observo o pai da criança. Pela minha experiência, como advogada na área de Direito de Família, imagino que seja um pai divorciado, exercendo o direito de visitas ou a partilha de férias com seu filho. Deduzo isso pela sua inexperiência, tanto pela forma de como a criança está vestida, bem como pelo seu despreparo em nada levar ao “passeio” para atender as necessidades da criança. Não tarda muito e o menino vem nos pedir água “bem geladinha”. As horas passam e esse pai em momento algum levanta seus olhos do aparelho celular. Deve ouvir os gritos e as risadas das crianças, mas não vê nenhuma das jogadas do filho, nem percebe que várias pessoas admiram o futebol do filho. Após algum tempo, guarda a cuia de chimarrão, desliga o celular e se levanta do banco. Olha ao redor e chama o filho para ir embora. A criança resiste e, então, nos aproximamos para conversar. Ao falarmos sobre o gosto pelo futebol e pelas habilidades demonstradas pela criança, o pai parece surpreso e responde que “ele nem joga muito”. Agradece e se despede. A criança vai embora de mãos dadas com o pai. Ao longe, se vira e nos acena com um sorriso no rosto. O pai segue caminhando e retoma o celular na mão. Lembrei então de uma cena que vi recentemente na INTERNET: um fotógrafo flagra um rapaz a bordo de um barco, cabeça baixa, totalmente absorto com seu aparelho celular. Ao seu lado aparece, emergindo das águas uma baleia lindíssima, seu enorme corpo negro brilha com a luz do sol, e ela desaparece novamente no mar. O rapaz não a vê, nem sequer nota que foi fotografado, continua ocupado em seu mundo virtual

Bernadete S.Santos


 


Afeto e proteção: via de duas mãos...



A imagem congelou na minha mente e certamente na de todos que a viram. Um menino com quatro anos de idade envolve com seu corpo, num abraço intenso, a irmãzinha com aproximadamente dois anos de idade. A legenda apenas os identifica como vítimas da tragédia do Nepal. Nada mais precisaria referir, pois qualquer outra informação seria desnecessária. O instinto de proteção e de sobrevivência bem como o afeto ali se encontra retratado, são sentimentos que transbordam pela simples visão.
O que pode levar uma criança de apenas quatro anos se sentir responsável pela segurança de outra criança de dois anos? A responsabilidade e a solidariedade seriam inerentes aos seres humanos? Se assim o forem poderiam se perder no decorrer da vida? Somente a convivência familiar é capaz de criar essa ligação tão profunda.
As relações que se estabelecem através da convivência diuturna faz com que essas cenas sejam possíveis. Proteção, segurança, cuidado é que se espera entre aqueles que cultivam mútuo afeto. Esse é o papel da família, é tudo o que se espera nas relações entre pessoas que participam de uma comunhão de vida.
Numa ocasião, ao falar sobre a história da adoção para meus alunos, destacava que, ao contrário da função social que hoje ela tem, o seu objetivo prioritário era dar filhos a quem não os podia ter, pois a preocupação com a descendência sempre foi inerente ao ser humano, até mesmo pelo necessário amparo em sua velhice. Notei expressões de surpresa e mesmo de repúdio no rosto daqueles jovens, como se essa necessidade fosse algo condenável. No entanto, por que esse não pode ser um dos objetivos de ter filhos? Por que o ser humano deve ser sempre responsável pela nova geração e ser abandonado na sua velhice? Amar também é cuidar e proteger, e essa proteção devem ser uma via de duas mãos. Esse é o sentido da família. Sentido de troca, de compartilhamento, entre todas as gerações.

Envolvida com uma brincadeira com meu neto, hoje com quatro anos de idade, ele pareceu admirado com minha participação, e exclamou: Vovó tu és minha amiga de mais idade... No início não entendi exatamente o que ele quis referir, e perguntei: E você, que tipo de amigo é para mim? Ele respondeu: Sou teu amigo de “média” idade.. se eu tivesse dois anos, seria teu amigo de “pouca “idade”. Não sei exatamente qual o sentido que ele dá para essa “idade”, mas percebi que o tempo entre as pessoas que se amam é diferente, pois o afeto o relativiza. Hoje penso ser a“protetora” de meu amigo de “média” idade, mas talvez, daqui a algum tempo, ele passe a ser meu protetor. Assim o espero.. ter direito de integrar e participar dessa família que ajudei a formar até os fins de meus dias, mesmo que seja para ser protegida simplesmente através de um abraço intenso, por alguém que se sinta responsável por mim...

Bernadete S.Santos
(publicado- Diário de Santa Maria: 20/05/2015)

Elegância...




Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a

 elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que

 dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.


É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que

 se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos

 por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, 

das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a 

frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar

 os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia

fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não 

recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se

 está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém , e este alguém jamais saber o que você teve que 

se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma

 forma não arrogante.
É elegante a gentileza,.atitudes gentis falam mais que mil imagens...
...Abrir a porta para alguém...é muito elegante
...Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante
...Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
...Oferecer ajuda...é muito elegante
...Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é 

improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que independe de status social: é 

só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter 

estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe : não é frescura.
( Toulouse Lautrec )

sábado, 26 de março de 2016

Músicas Francesas...


Teu voto...

Você é dos que têm roupa de votar, um vestido, um terno, uma gravata ou um lenço que
usa a cada eleição? Admiro os que tratam o momento do voto com solenidade, mas não chego a tanto. Apenas gosto de votar.Acho bom percorrer o saguão da Associação Israelita Hebraica, na João Telles, até a minha seção, como se tivesse um poder maior do que de fato tenho.Me faz bem experimentar a sensação, enquanto percorro o saguão até o fundo, de que os mesários estão me esperando para um gesto decisivo.
Você sabe que é assim, que uma eleição pode ter um resultado diferente do que você deseja, se você não estiver no domingo ali.
Essa certeza da singularidade, de que seus votos são únicos e podem virar uma eleição, nenhum outro momento nos dá. Por isso sempre caminho até a minha seção certo de que me esperam.
Num ano, cheguei atrasado à Hebraica. Estava trabalhando e precisava voltar ao jornal. Caminhei apressado até o fundo, me atrapalhei com os números das seções colados na parede e achei que haviam trocado minha urna. Parei diante da porta, espiei e ouvi alguém dizer:
— É aqui.
O mesário, que fica diante de centenas de pessoas a cada dois anos, deve conhecer as feições de muitos dos que passam pela seção 68. E me reconheceu, talvez dizendo para si mesmo: este eleitor é meu, esse cara atrasado é da minha seção, é aqui, sim, que ele vota.
Depois da indecisão, eu também o reconheci e percebi que os rostos de outros mesários me eram familiares. Só a democracia, na hora do voto, proporciona essa empatia.
Aquele gerente do banco que você enfrentou uma vez, tentando negociar o juro do cheque especial, transforma-se em outra pessoa como mesário. Mesários deveriam ministrar cursos de bons modos a todos que prestam atendimento ao público em balcões, recepções e similares.
Um mesário é, por um ou dois dias, dependendo dos turnos, a cada dois anos, o mais sereno preposto de todos os poderes garantidores da democracia, e por isso transmite e capta admiração.
***
Tenho colegas que seriam excelentes mesários, principalmente os virginianos. Eles dispõem cada objeto com simetria na mesa, deixam a caneta sempre na mesma posição e se perturbam com a desorganização de quem senta ao lado.
Mesários são seres atentos. Sabem o ritmo da maioria dos eleitores da sua seção. Dos que votam depressa, dos que cumprem com calma sua missão e dos que ficam no minibiombo pensando, demoradamente, na última hora, se vale a pena arriscar de novo no Eymael.
***
Morei no Bom Fim por 14 anos. Há sete anos moro a 16 quilômetros da Rua João Telles, mas não troco meu lugar de votar na Hebraica por nada — nem que minha seção fosse transferida para uma réplica perfeita do Castelo de Edimburgo, aqui na Aberta dos Morros.
Foi na seção 68 que votei pela primeira vez para presidente da República, em 1989. Ali, em outras eleições, errei algumas escolhas, por distrações da democracia, e para ali retorno no domingo.
Mesários da Hebraica, me aguardem. Domingo, estarei aí na 68.


Fé...

                              


 

Fé: acredite na solução das dívidas

Parte da solução da situação de endividamento é ter FÉ. FÉ com letras maiúsculas, FÉ de verdade, acreditar que, com perseverança e trabalho, todos os problemas podem ser solucionados. 



Santa Edwiges

Protetora dos Pobres e Endividados.
Data de comemoração: 16 de outubro.





Santa Edwiges nasceu em 1174, na Alemanha. Ainda bem jovem casou-se com Henrique I, príncipe da Silésia (Polônia), com quem teve seis filhos. Durante sua vida distinguiu-se por um profundo espírito de oração, penitência e caridade, tornando-se modelo dos três estados femininos: esposa, celibatária e viúva. Exerceu influência nas decisões políticas tomadas pelo marido, interferindo na elaboração de leis mais justas para o povo.

Falecido o esposo, Santa Edwiges retirou-se para o mosteiro de Trebnitz, Polônia, onde sua filha Gertrudes era abadessa, e neste mesmo lugar deu largos passos rumo à sua santificação.

Contam os historiadores que Santa Edwiges vivia com uma renda mínima, usando o restante para socorrer os pobres, enfermos, idosos, viúvas, crianças abandonadas, endividados e encarcerados, a quem ajudava pessoalmente.

Em certa ocasião, quando estava visitando um presídio, Santa Edwiges descobriu que muitas pessoas ali se encontravam por não poderem pagar suas contas.

Desde então, ela começou a saldar as dívidas dos encarcerados, devolvendo-lhes a liberdade. Ela também os ajudava a recomeçar sua vida, conseguindo-lhes emprego. Por este motivo, no Brasil ela é invocada como padroeira dos pobres e endividados.

Nas imagens de Santa Edwiges, ela aparece segurando uma igreja entre as mãos. Isto se deve ao fato de, junto com o marido, terem construído diversas igrejas e mosteiros. Em outras representações, ela aparece segurando a imagem de Nossa Senhora de quem era muito devota, e a coroa de duquesa sobre a Bíblia.

Santa Edwiges faleceu no dia 15 de outubro de 1243, mas sua festa passou para o dia 16, porque no dia 15 a Igreja Católica comemora as festividades de Santa Tereza D´Ávila. Santa Edwiges não faltava à missa aos domingos, e é isto que ela pede aos seus devotos: mais amor a Jesus na Eucaristia e auxílio aos necessitados. 


Oração a Santa Edwiges 



Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais minha advogada, para que eu obtenho de Deus o auxílio de que urgentemente necessito: (fazer o pedido).

Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém. 

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz. 


  
Santo Expedito 

Santo das causas justas e urgentes. Data de comemoração: 19 de abril. 



Santo Expedito era comandante-chefe da XII Legião Romana, aquartelada na cidade de Melitene, no final do século III. Antes de sua conversão ao Cristianismo, tinha uma vida devassa.

Quando Santo Expedito estava para se converter, apareceu-lhe um espírito do mal, na forma de um corvo, grasnando CRAS - que em latim significa AMANHÃ - mas esse grande santo pisoteou o corvo, bradando HODIE, que significa HOJE, confirmando sua urgente conversão.

Cristão convertido, assim como toda a sua tropa, Expedito foi vítima da ira do imperador Diocleciano. A importância de seu posto fazia dele um alvo especial do ódio do imperador. Foi flagelado até sangrar e depois decapitado pela espada.


A quem ajuda: pessoas com problemas urgentes e de difícil solução. O Santo é também protetor dos militares, estudantes, jovens e viajantes.

As imagens de Santo Expedito apresentam-no com traje de legionário, vestido de túnica curta e de manto jogado militarmente atrás das espáduas com postura marcial. Em uma mão sustenta uma palma e na outra uma cruz que ostenta em letras visíveis a palavra "Hodie", em referência ao episódio do espírito do mal, que surge para adiar sua conversão. Calca com o pé vitorioso um corvo que se consome lançando seu grito habitual "Cras".

Oração a Santo Expedito

 Santo Expedito das causas justas e urgentes, interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Socorra-me nesta hora de aflição e desespero, meu Santo Expedito, Vós que sois o santo dos desesperados.

Vós que sois o santo das causas urgentes, proteja-me, ajuda-me, dê-me forças, coragem e serenidade. Atenda o meu pedido. (Fazer o pedido).

Meu Santo Expedito ! Ajuda-me a superar essas horas difíceis, proteja-me de todos que possam me prejudicar, proteja minha família, atenda o meu pedido com urgência.

Devolva-me a paz e a tranqüilidade, meu Santo Expedito ! Serei grato pelo resto da minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Muito obrigado.

Rezar 1 Pai-Nosso, 1 Ave Maria, fazer o sinal da Cruz 

Vinho....


                                                      

Beba vinho para o espírito
e para a boa digestão.
Beba vinho na festa
e beba vinho na solidão.
Beba vinho por cultura
e por educação.
Beba vinho porque...
Bem você encontrará
uma razão.

___Luiz Fernando Veríssimo

Confirma...



Votar não é somente eleger governador e presidente.
É a possibilidade de rever o bairro da infância e reencontrar antigos amigos.
Como a maior parte dos eleitores vota sempre no mesmo lugar, e costuma ser a zona do primeiro voto, tem a opção de visitar a família e rever colegas que nem o Facebook é capaz de localizar.
Muitos não transferem o título eleitoral, apesar da constante mudança de endereço. Apreciam preservar este domingo para exercer a nostalgia e a evocação dos laços.
A eleição torna-se uma repescagem da nossa memória. Um retorno sentimental às origens. Um passeio emocional para nosso ponto de partida.
Há quem viaje para sua terra natal com esse pretexto para conviver com os primos e tios. Há quem atravesse a cidade para caminhar nas ruas de suas malandragens infantis. Há quem entre de novo no colégio onde estudou, com aquela sensação estranha de invadir um santuário.
Rodoviárias e aeroportos estarão abarrotados de filhos pródigos com seus travesseiros e sua esperança por uma segunda chance.
Além de escolher nossos governantes, a eleição é o momento em que refletimos sobre o que nos tornamos e o que ainda queremos ser. Tem um contexto de reflexão e remissão, de julgamento de si e perdão ao outro.
Votar é virar a página de nossa biografia, retomar leituras interrompidas, soprar o pó das lombadas, tirar o marcador dos parágrafos incompreendidos.
Enquanto pensamos em quem receberá o peso verde de nossos dedos, decidimos o que podemos fazer com os nossos ressentimentos e brigas.
É definir – junto do país e do Estado – o destino de nossa paz individual.
Talvez seja a hora de aceitar a desculpa da mãe e matar a saudade do chimarrão na varanda de sua casa. Talvez seja a hora de prolongar o mandato por mais quatro anos de um amigo que a gente deixou de ver. Talvez seja a hora de levar o filho para conhecer onde passamos a adolescência.
Votar é reunir nossas forças para enfrentar o passado e as rusgas de antigamente. É aperfeiçoar os planos de governo de nossa vida, reorganizar nossas alianças, rever o que não deu certo na gestão passada de nossos hábitos.
É renovar os votos de casamento, de parceria, de paternidade e maternidade.
Eu já desfiz desentendimentos com irmãos no dia da votação. Por acaso. Não marquei nada – o próprio destino agenda reconciliações.
Quando fui votar, aproveitando que a urna familiar continua sendo na Escola Tubino Sampaio, no bairro Petrópolis, um abraço inesperado, uma risada espontânea e uma lembrança tocante já foram suficientes para desarmar o ódio e reiniciar a cumplicidade.
O amor precisa de tão pouco para retornar a ser o que era. Nada supera o olho no olho, o rosto diante do rosto, a singeleza do corpo atento e carente pedindo proximidade.
Votar é também voltar. Voltar para o lugar inicial de nossa felicidade e se abastecer de afeto até a próxima eleição.

Fabrício Carpinejar

Meus 62 anos...


Cara limpa...



Não sou analista política e não tenho conhecimento para avaliar o que faz com que um candidato se eleja e outro não. São inúmeras as variantes que levam a um determinado resultado, mas uma coisa me chamou a atenção nesse pleito: o discurso ensaiado não comove mais.

É tanta coisa em jogo numa eleição que os políticos se cercam de marqueteiros e assessores a fim de não desperdiçarem nem um segundo do seu tempo. Cada palavra, cada verbo, cada expressão é meticulosamente estudada para provocar tal e tal reação. Dá certo nas propagandas de maionese. Quando o produto é gente, não é bem assim: o eleitor percebe não só a embalagem e o slogan, mas o que fica subentendido. 
Coloque uma câmera de TV na frente de qualquer pessoa e diga: está no ar, pode começar a falar. Não é fácil para ninguém. Nem para amadores, nem para profissionais.
Porém, tem sido mais danoso justamente para os profissionais, que ao se tornarem figuras públicas assumem uma imagem farsesca e esquecem quem são de verdade. Ficam empertigados e exageram na sisudez. Não se permitem coçar a cabeça, sorrir, brincar. Mantêm o esqueleto rígido e a voz grave para transmitir autoconfiança absoluta. Mas quem é tão autoconfiante assim?
Estamos sedentos de gente espontânea, sincera, natural e falível. Gente que assume ter dúvidas e que se coloca disponível para tentativas reais, não para feitos heroicos.(...) 
A empáfia é cafona. Já não há paciência para lideranças empostadas e inacessíveis.


 Saindo da política para a religião: até os ateus saúdam o papa Francisco, por quê?  Ora, porque tem gente ali dentro. Não é uma carcaça blindada circulando pelo mundo. Ele está no meio de nós – mesmo.

Falar com o coração, se abrir, desarmar-se, nada disso garante que a criatura será um bom governante. Naturalidade sem bons projetos, experiência e instrução não serve para nada. Ainda assim, prefiro quem mostra a cara àqueles que usam máscaras. Estou em campanha pela espontaneidade – na política e fora dela. Basta de semideuses de fachada. É hora de voltarmos a ver gente transmitindo alguma emoção.
Martha Medeiros

quarta-feira, 23 de março de 2016

Lojas Ughini...Passo Fundo





Sabedoria Indígena...

: O Silêncio


"Nós, os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
“Observa, escuta, e logo atua”, nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de “resolver um problema”.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio."

Kent Nerburn
Leia a matéria completa em: Sabedoria Indígena: O Silêncio, por Kent Nerburn - Geledés

terça-feira, 22 de março de 2016

Catedral Nossa Senhora Aparecida...sinos




Menina e o desenho...


Caminho...


Cartões... Diego criança




Menina e o cavalo branco...


Mulher e a tela...


Campo de margaridas...


Abraço de um texto...


Menina no canteiro florido


Chuva em Floripa


Gravura antiga...Menino e o cão no lago


O beijo...


Tartaruga e a maçã


A velha e o menino


Floripa em telas...

 

Vinho e uva


O homem e seu cão


Roseira


Catedral P.Fundo


Borboleta na flor


Caneta tinteiro


Sientimientos... Andres Linetzky & Ernesto Romeo


Mike Rowland...


Moça e flores do campo..


Amor perfeito...


Bicicleta no pôr do sol


Chapelão de praia


Mulher e o pôr do sol


Orquídeas


Maria, Jesus e anjos


O menino e o gatinho


Planeta mar...


Pescador no mar


Baleia...


Baleia