sábado, 15 de novembro de 2014

Família Virtual...



PostBernadete Schleder
“Vovó Bernadete, o Thales nasceu, ele é bem pequeninho”…a vozinha infantil gritando sobre o nascimento do priminho, ainda está gravada em meu celular. Ouvir essa mensagem acompanhada das inúmeras figuras enviadas pelo aplicativo Whatsapp me faz umedecer os olhos. Não me canso de mostrar a todos aqueles que tem paciência de ouvir e acompanhar o envaidecido relato de uma avó encantada com as realizações de seu neto de três anos e meio. É mesmo um mundo novo, onde a comunicação atinge níveis jamais imaginados. Poder acompanhar a rotina de um neto em tempo real, poder conversar com ele mesmo de madrugada, quando está “com toda a corda” e seus pais exaustos lhe disponibilizam o celular para repartir um pouco o stress com os avós, ainda que eles se encontrem há mais de trezentos quilômetros de distância, é uma verdadeira felicidade.
A tecnologia aproxima a família. Hoje as pessoas interagem com seus parentes em tempo real, contam suas alegrias, suas realizações, dividem tristezas e experiências, mesmo estando distante fisicamente. Irmãos, primos, pais, filhos, netos, avós, casais, todos se reencontram e interagem pela Internet de forma natural e constante. Se o mundo virtual tem seus problemas, ele também apresenta essa excelente oportunidade de comunicação familiar, estreitando e reatando as relações. A desculpa de não ter tempo para visitar, escrever ou mesmo de telefonar, já não pode mais ser utilizada, pois o acesso virtual dispensa a exclusividade da tarefa. Qualquer momento pode ser utilizado para uma “espiadinha” na rede social, deixando um pequeno recado, compartilhando uma fotografia ou uma mensagem, ou gravando uma frase carinhosa que demonstra a emoção do momento.
Hoje o pai ou a mãe, há quilômetros de distância, podem ajudar nas tarefas escolares. Os divorciados podem aproveitar outros momentos da rotina de seus filhos ainda que fora de seus dias e horários de visitação, através da Internet. Os casais podem trocar juras de amor visualizando os rostos amados em tempo real, mesmo estando em continentes distantes. A família virtual, ou iFamily , como quer o jurista Conrado Paulino da Rosa, é uma feliz realidade. Nada substitui o contato físico, a emoção do abraço ou a ternura do beijo, mas poder falar para o netinho na madrugada: ” vai dormir guri sem-vergonha” e ouvir a resposta “vão dormir vovô e vovó sem vergonhas “, não tem preço…

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