sexta-feira, 20 de julho de 2012

Serena...



Essa ternura grave
que me ensina a sofrer
em silêncio, na suavi-
dade do entardecer,
menos que pluma de ave
pesa sobre meu ser.


E só assim, na levi-
tação da hora alta e fria,
porque a noite me leve,
sorvo, pura, a alegria
que outrora, por mais breve,
de emoção me feria.


Henriqueta Lisboa

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