Grande parte do que eu realmente preciso saber sobre a vida, o que fazer, como ser, eu aprendi no jardim da infância. Não foi na universidade nem na pós-graduação que eu encontrei a verdadeira sabedoria, e sim no recreio do jardim da infância.
Foi exatamente isto que aprendi:
colocar as coisas de volta no lugar onde as encontrei,
limpar a própria sujeira, não pegar o que não era meu,
pedir desculpas quando machucava alguém,
lavar as mãos antes de comer,
puxar a descarga do banheiro.
Também descobri que café com leite é gostoso,
que uma vida equilibrada é saudável e que pensar um pouco,
aprender um pouco, desenhar, pintar, dançar, planejar e
trabalhar um pouco todos os dias, nos faz muito bem.
Tirar uma soneca todas as tardes,
tomar muito cuidado com o trânsito,
segurar as mãos de alguém e ficar juntos,
são boas formas de enfrentar o mundo.
Prestar atenção em todas as maravilhas e lembrar da pequena semente que, um dia, plantamos em um copo de plástico. As raízes iam para baixo e as folhas iam para cima mas ninguém realmente sabia nem porquê.
Mas nós somos assim! Peixinhos dourados, hamsters e ratinhos brancos; e até mesmo a pequena semente do copo de plástico, tudo morre um dia.
E nós também.
(...)
Robert Fulghum.
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