Todos os anos cerca de dois milhões de fiéis sobem o Bülbül Dagi (Monte Rouxinol, em turco) para conhecer aquela que teria sido a última residência de Maria, mãe de Jesus, levada lá por São João alguns anos depois da crucificação.
A casa simples de pedra é cercada de verde e tranquilidade, e não são poucos que afirmam ser arrebatados por forte emoção ao entrar na singela moradia..
Apesar de não haver confirmações irrefutáveis, todos os indícios levam a crer que ela teria passado seus últimos anos lá. Afinal, no começo do Cristianismo as igrejas só eram construídas onde havia mártires ou santos, e sempre no nome deles. E em Éfeso ficava a única igreja atribuída a Maria, que ainda hoje pode ser visitada. Os arqueólogos também já comprovaram a data da construção.
Reafirmando as suspeitas, vários papas visitaram a casa e deixaram lembranças que estão expostas nas paredes, como Paulo VI, que esteve lá em 1967; João Paulo II, em 1979 e Bento 16 em 2006.
Na entrada da habitação de dois pequenos cômodos há um altar e velas para que os visitantes, visivelmente emocionados, façam suas orações e as depositem acesas ao lado de fora.
Ao sair, um pouco abaixo da casa ficam as fontes de água, e muitos acreditam que ela tenha propriedades curativas e relatam milagres. Os turistas, claro, aproveitam para encher várias garrafinhas como lembrança. Ao lado, um muro onde amarram pedidos e agradecimentos à Virgem.
A casa está localizada há 9 quilômetros de Éfeso, as ruínas mais importantes da Turquia, um grandioso centro da antiguidade cuja bela história tem início muitos séculos antes de Cristo. Ali chegaram a viver mais de 400 mil pessoas, sendo a cidade mais importante depois de Roma durante o Império Romano.
O fato é que por ali passaram diversas civilizações, cada uma deixando uma parte de sua história.
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