quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ebola...





"A fome mata mais que o Ebola mas não é 

considerado um problema tão significativo já que 

ricos não morrem disso."

 Banksy

sábado, 25 de outubro de 2014

Chopin...


Avós..



Quando menos se espera, os filhos crescem e se tornam pais! Entram em cena os avós. Muito se fala e escreve sobre a maternidade, paternidade, o bebê, as diversas fases pelas quais a família passa e pouco ou nada sobre os avós. Neste blog mesmo, nada foi escrito até hoje. Recebi a sugestão de uma leitora para publicar um post sobre como os avós podem ajudar seus filhos e netos. Não é um post fácil, mas como achei a sugestão interessante, compartilho com vocês algumas das ideias que me ocorreram, sobre este tema.
Talvez a coisa mais importante que os avós precisam fazer, desde a gravidez do filho ou da filha, é procurar entender esse novo papel ou lugar que passarão a ocupar. O neto ou neta tem e terá um pai e uma mãe. Caberá a eles toda a responsabilidade pelo bem estar e desenvolvimento do filho. AVÓS NÃO SÃO NEM PAI, NEM MÃE DO BEBÊ. Isso que soa como uma obviedade, não acontece no dia a dia. No intuito de querer o melhor, para todos, e em nome de uma experiência de sucesso, não raro, avós “atropelam” seus filhos com conselhos ou recomendações. O papel de avô e avó lembra aquele momento quando se ensina uma criança a andar de bicicleta e, já sem rodinhas, se solta o selim e aí tudo é com a criança. É torcer para que tudo dê certo e correr para amparar quando acontecer o tombo (e acontece). Esse é o papel dos avós. Assistir de perto, sem interferir, torcendo amorosamente para que tudo dê certo e, correr para ajudar, quando um “tombo” acontecer. Para que os avós tenham esta postura é fundamental que compreendam e aceitem o crescimento e independência real dos filhos. Agora, é a vez deles educarem seus filhos.
O segundo ponto é exatamente sobre a educação dos netos. Os tempos mudam, os filhos não são como seus pais foram, a tecnologia evolui, a escola se modificou. Portanto, a educação não será a mesma que os avós deram para seus filhos. Avós com alguma sabedoria aceitam, ainda que a contragosto, esta realidade e tentam não interferir na educação dos netos.
Avós podem e devem ser um poço de carinho e prazer para seus netos. Como não têm a responsabilidade da educação, podem ser muito menos rígidos, mais afetivos e lúdicos do que foram com seus filhos. Avós devem permanecer vivos na memória de seus netos como lembranças de bons e divertidos momentos. Avós também devem ser transmissores das tradições  e história da família. Devem contar histórias de como eram seus pais (os bisavós), sua infância e como era o mundo quando eram mais jovens. Devem contar histórias de seus filhos (pais do neto ou neta) quando eram pequenos. Crianças, a partir de uma certa idade, acham fascinante ouvir essas histórias. São como contos de fadas, só que reais, falando de gente muito próxima.
Avós devem sentir orgulho de seus netos. Essa é uma função fundamental, um pouco diferente de ser um poço de carinho, mencionado acima. Sentir orgulho é, explicitamente, reconhecer conquistas e feitos dos netos, não necessariamente as que sejam extraordinárias. A auto estima é construída a partir de reconhecimentos de feitos ordinários, porque, os extrordinários, como nome indica, não acontecem toda hora! Como construir uma auto estima em cima de eventos raros? O orgulho falado dos avós é muito importante para essa construção.
Avós apoiam seus filhos nos momentos difíceis pelos quais estes passem como pais. Acolhem as dúvidas e aflições sem assumir uma postura altiva (eu bem que avisei! vocês são teimosos e não fizeram como eu disse!). Ao contrário, revelam que, quando passaram por situações semelhantes, também sentiram insegurança ou medo. Com essa humildade, se aproximam dos filhos, podendo, verdadeiramente, ajudá-los a encontrar seu próprio caminho ou solução.
Finalmente, uma das maiores delícias de ser avô ou avó- quando o neto ou neta já estiver passando dos limites da paciência ou do cansaço (dos avós), basta ligar para os pais e pedir que o peguem!

U2


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Chico Xavier...


Lya Luft...

                                                                                 



Dizendo Adeus
      

Estou sempre dando adeus:
também ao desencontro e ao
desencanto.

Estou sempre me despedindo
do ponto de partida que me lança de si,
do porto de chegada que nunca é
aqui.

Estou sempre dizendo adeus:
até a Deus,
para o reencontrar em outra esquina
de adeuses.

Estarei sempre de partida,
até o momento de sermos deuses:
quando me fizeres dar adeus à solidão
e à sombra.

A convivência com os animais...

Não é de hoje que os animais domésticos estão presentes nos lares de muitas famílias. E engana-se quem acha que os cachorros são os preferidos por ter a finalidade de proteger a casa. Assim como os cães, outros bichinhos têm conquistado significativamente espaço nas residências de muitas pessoas, como os gatos por serem excelentes companheiros.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de estimação (Abinpet), os cães apresentam cerca de 35,7 milhões nos domicílios contra 19,8 milhões de felinos. Hoje, estima-se que 44% dos lares brasileiros possuem animais de estimação. A razão para o crescimento desse número se dá também pelo fato dos animais de estimação trazerem benefícios para a saúde física e mental do seu dono.
Para quem chegou à terceira idade e tem por consequência a solidão, seja por causa do falecimento do conjugue ou porque os filhos já estão casados, a presença de um animalzinho no dia a dia ajuda a combater o isolamento e estimula o idoso a praticar atividades físicas que são realizadas ao passear ou brincar com o pet. Veja cinco benefícios da convivência com animais para quem já está na melhor idade:
1. Estimula a interação social: os animais precisam de passeios diariamente. Sendo assim, nessas caminhadas em parques ou pela vizinhança é possível interagir com outras pessoas, conhecer novos lugares e estimular a comunicação;
2. Aumenta a disposição: normalmente, o ideal é caminhar ao menos uma hora com o seu pet. Essa atividade promove sensação de bem estar e contribui para a saúde mental, já que os estímulos recebidos ao caminhar aumentam a coordenação motora e fazem com que o cérebro responda a estímulos visuais, sonoros, táteis e olfativos;
3. Melhora o humor: ao brincar com o cachorro ou gato, as taxas de serotonina – neurotransmissor que atua regulando o bom humor, sono, apetite e alivia a dor – são elevados. Diante disso, diminuem os níveis de ansiedade, proporcionando sensação de conforto, calmaria e melhora do ânimo no idoso;
4. Previne doenças: estudos realizados em vários países apontam que os tutores de cães e gatos, nessa etapa da vida, sofrem menos de depressão, problemas relacionados à pressão sanguínea, frequência cardíaca e capacidade motora, por causa da prática de exercícios em companhia do animal;
5. Aumento da expectativa de vida: a ciência já comprovou que quem convive com eles são mais felizes, saudáveis e vivem mais. Pesquisas realizadas em pacientes que receberam alta de uma unidade coronariana apontaram que quem possuía animais em suas residências viviam mais. Isto porque a convivência com os bichos aumentava a sensação de bem estar e, por consequência, elevava a expectativa de vida.
Com todos esses benefícios, o que você está esperando para adquirir um animalzinho de estimação?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

20 de outubro...Dia do Poeta!





"A poesia é uma parte da glória celestial que caiu

sobre a Terra...

A glória celestial expande-se facilmente"

(Jostein Gaarder)


sábado, 18 de outubro de 2014

Crianças que nós amamos...


Luciana...


O Tema é Direito...


Horário de Verão..

                            


Ato de mecânico civismo
O relógio desperta temporão.
Ele altera o tempo no algarismo,
solidário ao Horário de Verão.
A cada volta que completa,
ele imagina como seria sua vida,
se porventura fosse ainda ampulheta.

(Flora Figueiredo)


Joaninhas...

                             

                               Joaninhas são poesias em miniatura...

                             Deus em momento artesanal!
                           


                                         

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Mafalda...

                                                       

UMA MENINA CHAMADA CONSCIÊNCIA

Ela completou 50 anos, dia 29 de setembro, mas será sempre menina – e será também eterna, creio, pois vem resistindo ao tempo e ao desencanto de seu criador. Falo de Mafalda, a genial personagem do cartunista argentino Quino, uma garotinha de seis anos que reúne lucidez, inteligência, ironia, humanismo e faz o leitor pensar e sorrir amarelo em apenas quatro quadrinhos. Mafalda é tudo de bom.

Conheci-a na década de 1970, quando visitei a Argentina pela primeira vez, em viagem de trabalho. Na época, o escriba aqui passava a sanduíches para poupar os trocados da diária. Mas o encontro com Mafalda abalou a minha poupança: deixei tudo na banca de jornal em troca de uma coleção de 10 revistas que aumentaram o peso da minha bagagem na volta. Mas valeu a pena. Ainda me lembro de pérolas da Guerra Fria, como a tirinha em que a professora de matemática anunciava para os alunos:

– Hoje vamos estudar o pentágono.

E Mafalda, com seu senso de justiça saindo pelos poros do dedo levantado:

– E amanhã o Kremlin?

Quino parou de desenhar Mafalda em 1973, mas a garota e sua turminha já tinham ganhado vida própria e conquistado o mundo. Impossível não simpatizar com aquelas crianças que interpretavam tão bem sentimentos universais:

Mafalda, questionadora dos políticos e dos poderosos, crítica das injustiças e inimiga da sopa; Filipe, angustiado com as obrigações escolares; Manolo, obcecado por negócios e pelos lucros do armazém do pai; Susanita, fútil, egoísta e invejosa; Miguelito, ingênuo e hesitante; Libertad, pequena e corajosa como a liberdade; Guile, o irmãozinho da heroína, concentrado no seu aprendizado de mundo, e mais os adultos, sempre entre o espanto e a perplexidade.

Na semana passada, reencontrei Mafalda numa livraria de Porto Alegre em álbuns de capa grossa. Não tive dúvida: levei a menina chamada consciência para passar o seu aniversário lá em casa.

Nilson Souza


Festejar: é afirmar a bondade da vida...

                                        

O tema da festa é um fenômeno que tem desafiado grandes nomes do pensamento como R. Caillois, J. Pieper, H. Cox, J. Motmann e o próprio F.Nietzsche.
 É que a festa revela o que há ainda de mítico em nós no meio da prevalência da fria racionalidade.
 Quando se realizou a Copa de futebol no Brasil no mes de junho/julho do corrente ano de 2014 irromperam as grandes festas, em todas as classes sociais, verdadeiras celebrações.
 Mesmo depois da humilhante derrota do Brasil frente à Alemanha, as festas não esmoreceram. Na Costa Rica, mesmo não sendo a campiã do mundo, mas mostraram excelente futebol, até o Presidente saíu à rua para celebrar. Não foi diferente na Colômbia.
A festa faz esquecer os fracssos, suspende o terrível cotidiano e o tempo dos relógios. É como se, por um momento, participássemos da eternidade, pois na festa não percebemos o tempo passar.
A festa, em si, está livre de interesses e finalidades, embora haja festas para negócios onde a festa se transforma em berber, comer e negociar. Mas na festa que é festa, todos estão juntos não para aprenderem ou ensinarem algo uns aos outros, mas para alegrarem-se, para estar aí, um-para-o-outro comendo e bebendo na amizade e na concórdia. A festa reconcilia todas as coisas e nos devolve a saudade do paraíso das delícias, que nunca se perdeu totalmente. Platão sentenciava com razão:”os deuses fizeram as festas para que pudéssem respirar um pouco”. 
A festa não é um só um dia dos homens mas também “um dia que o Senhor fez” como diz o Salmo 117,24. Efetivamene, se a vida é uma caminhada onerosa, precisamos, às vezes, parar para respirar e, renovados, seguir adiante.
A festa parece um presente que já não depende de nós e que não podemos manipular. Pode-se preparar a festa. Mas a festividade, vale dizer, o espírito da festa, surge de graça. Ninguém a pode prever nem simplemente produzir. Apenas nos podemos prepar interior e exteriormente e acolhê-la.
Pertence à festa mais social (bodas, aniversário) a roupa festiva, a ornamentação, a música e até a dança. Donde brota a alegria da festa? Talvez Nietszche encontrou sua melhor formulação:”para alegrar-se de alguma coisa, precisa-se dizer a todas as coisas: sejam benvindas”. Portanto, para podermos festejar de verdade precisamos afirmar positivamente a totalidade das coisas.:”Se pudermos dizer sim a um único momento então teremos dito sim não só a nós mesmos mas à totalidade da existência” ”(Der Wille zur Macht, livro IV: Zucht und Züchtigung n.102).
Esse sim subjaz às nossas decisões cotidianas, em nosso trabalho, na preocupação pela família, na convivência com os colegas. A festa é o tempo forte no qual o sentido secreto da vida é vivido mesmo inconscientemente. Da festa saimos mais fortes para enfrentar as exigências da vida.
Em grande parte, a grandeza de uma religião, cristã ou não. reside em sua capacidade de celebrar e de festejar seus santos e mestres, os tempos sagrados, as datas fundacionais. Na festa cessam as interrogações do coração e o praticante celebra a alegriade de sua fé em companhia de irmãos e irmãs que com eles partilham das mesmas convicções, ouvem a mesma Palavra sagrada e se sentem próximos de Deus.
Vivendo desta forma, a festa religiosa, percebemos de como é equivocado o discurso que sensacionalisticamente anuncia a morte de Deus. Trata-se de um trágico sintoma de uma sociedade saturada de bens materiais, que assiste lentamente não a morte de Deus, mas a morte do homem que perdeu a capacidade de chorar, de se alegrar pela bondade da vida, pelo nascer do sol e pela carícia entre dois namorados.
Novamente nos socorre  Nietzsche que muito entendeu da verdade essencial do Deus vivo, sepultado sob tantos elementos envelhecidos de nossa cultura religiosa e da rigidez da ortodoxia das igrejas: a perda da jovialidade, isto é, da graça divina (jovialidade vem de Jupter, Jovis). É a consequência fundamental da morte de Deus (Fröhliche Wissenschaft III, aforismo 343 e 125).
Pelo fato de havermos perdido a jovialidade, grande parte de nossa cultura não sabe festejar. Conhece sim a frivolidade, os excessos do comer e beber, os palavrões grosseiros, e as festas montadas como comércio, nas quais há tudo menos alegria e jovialidade.
A festa tem que ser preparada e somente depois celebrada. Sem esta disposição interior corre o risco de perder seu sentido alimentador da vida onerosa que levamos. Hoje em dia vivemos em festas. Mas porque não sabemos nos preparar nem prepará-las. saímos delas vazios ou saturados quando seu sentido era de encher-nos de um sentido maior para levar avante a vida, sempre desafiante e para a maioria, trabalhosa.

Leonardo Boff

Luto e Renascimento...



Nesse debate sobre perdas observei como lidamos mal com a dor uns dos outros.
 Entre nós, estar alegrinho e parecer feliz é quase um dever, uma questão de higiene, como tomar banho e estar perfumado. Mas às vezes a gente tem de se permitir sofrer – ou permitir que o outro sofra. 

Todos nós, amigos, família, terapeutas, médicos, sentimos duramente nossa própria limitação quando alguém sofre e não podemos ajudar.

 Em certos momentos é melhor não tentar interferir, apenas oferecer nossa presença e atender se formos chamados.
 Que o outro saiba que estamos ali. Mas não (se) permitir o prazo normal de dor é irreal.
 Quando é hora de sofrer não teremos de pedir licença para sentir – e esgotar – a dor. Sofrimento, pobreza, abandono, morte – são ameaças, corpos estranhos numa sociedade cujos lemas parecem ser agitar, não parar, não pensar, não sofrer.
 A dor incomoda. A quietude perturba. O recolhimento intriga e incomoda os demais: “Ele deve estar doente, deve estar mal, vai ver é depressão, quem sabe um drinquezinho, uma nova amante, um novo namorado…”
 Para não se inquietarem, para não terem de “parar para pensar”, ou apenas porque nos amam e nosso sofrimento os perturba, a toda hora nos dão um empurrãozinho: “Reaja, vamos, saia de casa, pára de chorar, bote um vestido bonito, vamos ao cinema, vamos jantar fora.” Também para isso haverá uma hora certa.
 O luto é necessário – ou a dor ficará soterrada debaixo da futilidade, sua raiz enterrando-se ainda mais fundo, seu fogo queimando nossas últimas reservas de vitalidade, e fechando todas as saídas. 
Não vou me alegrar jantando fora quando perdi meu amor, perdi minha saúde, perdi meu amigo, perdi meu emprego, perdi minha ilusão… perdi algo que dói, seja o que for. Então, por um momento, uma semana, um mês ou mais, me deixem sofrer.
 Permitam-me o luto no período sensato. Me ajudem não interferindo demais. O telefonema, a flor, a visita, o abraço, sim, mas por favor, não me peçam alegria sempre e sem trégua. Se não formos demais doentes nem perversos, a dor por fim se consumirá em si mesma. Se soubermos escutar o chamado – que pode ser até mesmo um bilhete amigo.
 Alguma coisa positiva vai nos fazer dar o primeiro passo para fora da UTI emocional em que a perda nos colocou. Um dia espiamos para o corredor, passamos da UTI para um quarto, finalmente olhamos a rua e estamos de novo em movimento. 
Ainda estamos vivos, ainda em processo, até morrer.

(Lya Luft, em Perdas e Ganhos, no capítulo Luto e Renascimento)

Osho...



"Você é tão necessário como as árvores, como as flores, como os pássaros, como o sol, como as estrelas.
 Você tem de estar aqui e você tem o direito de ser do jeito que você é.
 Afirme-se como você é. Nunca se sinta culpado."

 


                                                         

O casal perfeito...




A solidão dos homens tem a medida da solidão de suas mulheres.
Isso eu disse e escrevi - e repito - em dezenas de palestras por este país afora.
Aí me pedem para escrever sobre o casal perfeito: bom para quem gosta de des...afios.
O casal perfeito seria o que sabe aceitar a solidão inevitável do ser humano, sem se sentir isolado do parceiro - ou sem se isolar dele?!
O casal perfeito seria o que entende, aceita, mas não se conforma, com o desgaste de qualquer convívio e qualquer união?!
Talvez se possa começar por aí: não correr para o casamento, o namoro, o amante (não importa) imaginando que agora serão solucionados ou suavizados todos os problemas - a chatice da casa dos pais, as amigas ou amigos casando e tendo filhos, a mesmice do emprego, chegar sozinho às festas e sexo difícil e sem afeto.
Não cair nos braços do outro como quem cai na armadilha do "enfim nunca mais só!", porque aí é que a coisa começa a ferver.
Conviver é enfrentar o pior dos inimigos, o insidioso, o silencioso, o sempre à espreita, o incansável: o tédio, o desencanto, esse inimigo de dois rostos.
Passada a primeira fase de paixão (desculpem, mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito.
Ou a amar melhor; ou, aí é que a gente começa a amar.
A querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça e não fique grudado na gente.
O cotidiano baixa sobre qualquer relação e qualquer vida, com a poeira do desencanto e do cansaço, do tédio.
A conta a pagar, a empregada que não veio, alguém na família doente ou complicada(o), a mãe ou o pai deprimido ou simplesmente o emprego sem graça e o patrão de mau humor.
E a gente explode e quer matar e morrer, quando cai aquela última gota - pode ser uma trivialíssima gota - e nos damos conta: nada mais é como era no começo.
Nada foi como eu esperava.
Não sei se quero continuar assim, mas também não sei o que fazer. Como a gente não desiste fácil, porque afinal somos guerreiros ou nem estaríamos mais aqui, e também porque há os compromissos, a casa, a grana e até ainda o afeto, é preciso inventar um jeito de recomeçar, reconstruir.
Na verdade devia-se reconstruir todos os dias.
Usar da criatividade numa relação.
O problema é que, quando se fala em criatividade numa relação, a maioria pensa logo em inovações no sexo, mas transar é o resultado, não o meio.
Um amigo disse no aniversário de sua mulher uma das coisas mais belas que ouvi:
"Todos os dias de nosso casamento (de uns 40 anos), eu te escolhi de novo como minha mulher".
Mas primeiro teríamos de nos escolher a nós mesmos diariamente. Ao menos de vez em quando sentar na cama ao acordar, pensar: como anda a minha vida?
Quero continuar vivendo assim?
Se não quero, o que posso fazer para melhorar?
Quase sempre há coisas a melhorar, e quase sempre podem ser melhoradas. Ainda que seja algo bem simples; ainda que seja mais complicado, como realizar o velho sonho de estudar, de abrir uma loja, de fazer uma viagem, de mudar de profissão.
Nós nos permitimos muito pouco em matéria de felicidade, alegria, realização e sobretudo abertura com o outro.
Velhos casais solitários ou jovens casais solitários dentro de casarão terrivelmente tristes e terrivelmente comuns.
É difícil? É difícil.
É duro? É duro.
Cada dia, levantar e escovar os dentes já é um ato heróico, dizia Hélio Pellegrino.
Viver é um heroísmo, viver bem um amor mais ainda.
O casal perfeito talvez seja aquele que não desiste de correr atrás do sonho e da certeza de que, apesar dos pesares, a gente, a cada dia, se escolheria novamente!!!


Lya Luft

15 de outubro...Dia do professor!

"Zelosos e dedicados profissionais têm contribuído significativamente para a nossa qualidade de vida.

Na área da saúde física e mental, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, dentistas, psicólogos, dentre outros, se esforçam para eliminar ou reduzir os incômodos que sobrevêm a nós pobres mortais.
Imaginem o que seria da nossa comunidade sem as leis e sem os que nos defendem quando as infringimos voluntária ou involuntariamente? Benditos sejam os advogados, promotores, juizes!
Contadores realizam registros contábeis, apurando lucros e ou prejuízos; engenheiros desenvolvem 'engenhosidades'; arquitetos com suas idéias arrojadas nos habilitam a viver com mais conforto e beleza; mestres-de-obras e pedreiros executam estas idéias; policiais mantêm a ordem e segurança; garis limpam o lixo não 'colocado no lixo'; jornalistas e repórteres nos trazem informações e entretenimento; o agricultor sob sol, chuva lavra a terra e produz nosso alimento. Pare e pense: consegue viver sem eles?
Há uma infinidade de atividades, todas vitais e necessárias para nossa vida em comunidade. Todas igualmente importantes.
No entanto, há uma profissão que, num grau maior ou menor, todas as outras dependem dela: o professor.

Sem professor, não teríamos médicos, engenheiros, advogados, contadores, juízes, governadores, presidentes. Não haveria tecnologia, nem leitura de mundo...
Placas no trânsito não teriam razão em existir, pois não seriam lidas assim como também obras primas de Jorge Amado, Machado de Assis, José de Alencar dentre outros; e-mail, orkut, site nem 'povoariam' a nossa mente; mestres-de-obras não materializariam a genialidade de Oscar Niemayer; Clark Gable e Viviam Leight não nos emocionariam com 'E o Vento Levou', etc.
Infelizmente, nem sempre reconhecemos a importância profissional dos outros na nossa vida, e isto também acontece para com os professores.
Para ser professor é necessário esforço árduo: muita leitura e estudos, pois o conhecimento se tornou dinâmico e o que era verdade ontem, pode hoje não ser mais; paciência, afinal muitos jovens não querem aprender; autodomínio também é vital ao lidar com os alunos e seus pais que nem sempre apóiam sua autoridade; persistência para não desistir diante dos vários obstáculos que surgem no dia-a-dia dentro e fora da sala de aula; muita fé, crendo verdadeiramente na possibilidade de que é possível mudar maus costumes e que todos podem e devem aprender.
Também é necessário bom humor ao deparar-se com possíveis traquinagens, assim como imaginação para cativar a atenção dos alunos, além de certa dose de ousadia para trilhar novos caminhos e novos métodos em busca de aulas mais interessantes, agradáveis, e significativas aos educandos. Ensinar a sonhar sonhos possíveis de serem realizados, sensibilidade para perceber a necessidade de integrar um aluno, apoiando-o ao lidar com as angústias, frustrações e comemorando as conquistas por menores que elas pareçam ser.
Acima de tudo, é necessário amor. Amor pela vida, pelas pessoas, pelo saber, pelo ato de compartilhar.
'Se eu não fosse imperador', disse o D. Pedro II, 'desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências juvenis e preparar os homens do futuro'."

Feliz dia do professor a todos aqueles que exercem o dom de ensinar (e muitas vezes de educar), principalmente aos que engrandeceram, engrandecem ou virão a engrandecer minha formação!

Bruno Torbes

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Romeu e Julieta...

                                                                           

Em cada um de nós jaz um Romeu
um segredo de amor não sepultado

um êxtase que a morte adormeceu
na aurora de um sonho inacabado.

A tragédia de amor nos jaz ao lado
de quanto encanto nos sobreviveu
de Julieta o canto em transtornado
pranto do amor letal que padeceu.

Amar é que se calem os lamentos
e não nos extenuem os tormentos
por Veronas nos pulse o coração.

Fidalgo o amor divide seu império
evidente não chega a ser mistério
eterno o amor não cabe na razão.

Afonso Estebanez

Chico Xavier...


Papa Francisco....


  ...Ele mudou o clima, o que não é pouco. Há alívio porque a Igreja como instituição era vista como um pesadelo. Há alegria, pois antes o ambiente era severo e sombrio. O que se percebe é que muitos padres e bispos se tornaram mais acessíveis ao povo, mais tolerantes, menos doutrinários...
 (Leonardo Boff)                                      

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Rubem Alves...

 
 
Deus é alegria. Uma criança é alegria.                                        
 Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com os olhos de uma criança
.Está sempre à procura de companheiros para brincar.


13 de outubro Dia Mundial do Livro...

Parabéns àqueles que se arriscam escrevendo, nos levando a viajar no tempo, a ser outras pessoas, a refletir e viver outros mundos, outras realidades!
 Livros são ligações no tempo e no espaço.
 O legal é que grandes obras ainda nos possibilitam ler várias vezes durante a vida.
 São tantos que nos arriscamos a nomear alguns: na minha infância, iniciando com Monteiro Lobato, com Júlio Verne, Isaac Asimov, Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley, a série Os Reis Malditos (Maurice Druon), todos os livros publicados no Brasil (acho eu) de Marion Zimmer Bradley.
As Brumas de Avalon iniciaram a sequencia quando eu estava com onze anos, Memórias de Adriano  li com doze anos, e outros que não vou comentar porque são do gênero best seller...

Andréa Narriman                                               

Dia do Escritor...

13 de Outubro é Dia Mundial do Escritor!              
 
Obrigado a todos os autores, homens e mulheres, jovens e maduros, experientes e
iniciantes, por suas ideias, reflexões e palavras. 
 O que seria de nós sem vocês?