terça-feira, 6 de agosto de 2013

Paixão animal... Que sentimento é esse que eles despertam em nós?

                                                                                     

                                                           
          
Você chega em casa depois de um dia cheio, estressante, complicado. O humor está péssimo, o corpo fatigado, a mente esgotada pelos compromissos. Ao colocar a chave na porta, você pensa simplesmente em entrar em si mesmo, ficar quieto em um canto, ruminando os problemas do trabalho, os conflitos familiares, o trânsito infernal. Você só quer esquecer de tudo, buscar uma paz que parece meio impossível.

Mas ao girar a maçaneta, alguém está à sua espera. Abana o rabo, late, pula. Ou simplesmente se enrosca nas suas pernas, com um miado baixinho. Ah, mas justo hoje, que você está tão cansado? A solução é ignorar. Faz de conta que não viu. Mas o rabo continua balançando, as lambidas não param. O alguém pula no seu colo, ou simplesmente ronrona acomodado ao seu lado.

E de repente toda aquela carga negativa que você trouxe da rua começa a se dissipar. Você nem sabe ao certo quando, mas do nada se dá conta de que está brincando, passeando, conversando, beijando ou somente afofando o seu amigo em um delicioso abraço. E a vida acaba de ficar muito melhor, graças a ele.
Essa cena, com pequenas variações, é conhecida de absolutamente todo mundo que tem animais de estimação. É uma coisa meio difícil de explicar, mas o fato é que nem o mais duro dos corações resiste a um chameguinho dos companheiros peludos. E esse chamego é capaz de transformar o humor e deixar o dia mais leve.

Claro, existem os seres humanos que maltratam, abandonam, fazem dos animais seus próprios objetos, matam. Mas não é disso que queremos tratar. Queremos, sim, tentar entender esse amor tão diferente que nos une de forma indissolúvel aos nossos animais. Eles não trocam conosco uma só palavra em toda a sua existência. Mas há entre nós e nossos bichos uma capacidade intrínseca de comunicação e entendimento realmente impressionante, realmente inexplicável.
Pesquisas surgem a todo momento dando conta de mais um benefício da convivência entre seres humanos e animais. Recentemente, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, permitiu que os pacientes internados, inclusive em unidades semi-intensivas, recebessem a visita de seus bichos.

O motivo? O poder que eles têm de ajudar na cura. Algumas universidades americanas, entre elas a Universidade Estadual de Nova York, lideraram estudos que comprovaram a eficácia dos pets em situações como estresse, depressão e doenças cardiovasculares. Pesquisas divulgadas há pouco também afirmam que cães podem farejar alguns tipos de câncer, gatos são aliados na prevenção de acidente vascular cerebral e ambos ajudam a fortalecer o sistema imunológico das crianças pequenas, evitando que elas desenvolvam alergias.
Para a fundadora da pet terapia no Brasil, a veterinária e PhD em Psicologia Hannelore Fuchs, as pesquisas que revelam os poderes terapêuticos dos animais só comprovam o que ela já sabe desde os anos 1970, quando começou a integrar animais e humanos em hospitais e centros de tratamento. Ela costuma dizer que "eles são remédios vivos".
Mas será que é pensando nisso que temos animais? É certo que eles nos entendem e nos aceitam muito mais do que nós a eles - afinal, quantas vezes não compreendemos suas verdadeiras necessidades? Já eles vislumbram as nossas como muitas vezes nem a gente mesmo consegue. Tirando da conta os desvios de conduta - algumas raras vezes dos animais - quase sempre dos seres humanos, a relação com os bichos é capaz de marcar nossa vida, mudá-la, fazê-la virar. Sempre para melhor        (Donna - Zero Hora)

                                                                 
 
 

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