Fui ao encontro de minha avó, prestes a
completar maravilhosos 97 anos de idade. Fui passar mais alguns momentos felizes
ao lado de uma das pessoas que mais me fez feliz e que esteve ao meu lado e
sempre olhou por mim.
Hoje ela já não consegue dar longas passadas sozinha. Precisa de amparo.
Depende, principalmente, das mãos daquelas que ela sempre alimentou, cuidou,
ensinou: suas filhas. Cada necessidade precisa ser observada e atendida com
rapidez, destreza e muita paciência.
Muitas pessoas se voluntariam para ajudar desconhecidos, mas quantos prestam
atenção aos que estão ao seu lado? Aos que já fizeram muito por você?
Por isso, não tive dúvidas de onde passaria as minhas férias. E nada mais
gratificante do que ouvir palavras doces ao chegar em casa e ser recepcionada
por ela, ansiosa pela sua chegada.
Ânsia que se mostra presente a cada dia, com medo do momento em que você
precisa ir embora, voltar para a sua vida na cidade grande. Cidade esta que ela
pouco conhece, mas respeita.
Não fui para nenhuma praia badalada, cheia de gente bonita e bronzeada.
Ajudei minha mãe e minha tia a cuidar da nossa companheira, amiga verdadeira.
Não me arrependo de modo algum e até indico às outras pessoas: passem as
próximas férias com queridos que necessitam de sua atenção e carinho. Não custa
nada e faz bem à alma e ao coração.
( Fernanda Bertonha)
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