sábado, 29 de junho de 2013

Santo Padroeiro...


                                          (Texto extraído do Jornal “O Lírio” – Corpo de Voluntários da AACD)



De alguma maneira visualizo Deus pairando no ar, sobre a Terra, selecionando seus  instrumentos de propaganda com muita deliberação e atenção. Conforme observa, vai instruindo seus anjos para anotarem em um grande livro. “Para Antônio e Elizabete mande um menino, Santo Padroeiro... São Mateus. Para Francisco e Cristina, dê-lhes uma menina. Santa Padroeira... Santa Cecília, Daniel e Sônia... gêmeos. Santo Padroeiro... dê-lhes São Geraldo, ele já está acostumado a profanações”.
Finalmente, passa um nome ao anjo e sorri. “Dê-lhes uma criança deficiente”. O Anjo curioso pergunta. “Por que a eles Senhor, se eles são tão felizes”?
“Exatamente por isso, poderia Eu dar uma criança deficiente à uma mãe que não soubesse sorrir? Seria cruel demais"!
“Mas ela é paciente?” Pergunta o Anjo.
“Não a quero paciente, ou mergulhará num mar de autopiedade e desespero. Uma vez passado o impacto do choque e do ressentimento, ela saberá controlar a situação. Eu a estive observando. Tem sensibilidade e independência tão raras e necessárias a uma mãe.
Veja a criança que vou lhe dar, ela terá seu próprio mundo, e isso não é fácil”.
“Mas Senhor, nem mesmo sei se ela acredita na sua existência”!Deus sorriu, “não importa, nisso posso dar um jeitinho. Sim, ela é perfeita! Tem o egoísmo suficiente”.
O Anjo assustou-se; Egoísmo? E isso é virtude?
Balançando a cabeça afirmativamente Deus respondeu. Se ela não conseguir separar-se ocasionalmente de seu filho, não sobreviverá.
Sim, aqui está a mulher que abençoei com uma criança menos que perfeita. Ela ainda não tem consciência disso, mas é uma escolhida.
Ela nunca desprezará uma palavra dita, nunca considerará um passo como corriqueiro. Quando seu filho pela primeira vez puder dizer “MAMÃE’’, ela presenciará um milagre e saberá que é um milagre. À ela darei o DOM de ver claramente o que eu vejo, ignorância, crueldade, preconceito... e dar-lhe-ei o Dom de passar sobre elas, nunca estando sozinha. Estarei a seu lado cada minuto de cada dia de sua vida, porque ela estará fazendo meu trabalho tão bem como se estivesse aqui a meu lado’.
‘E o Santo Padroeiro, quem será”? Perguntou o Anjo com a caneta suspensa no ar.
Deus sorriu:
“Um espelho, para a mãe, será suficiente


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