No fim do século XIX, o termalismo europeu desenvolve-se. Antecipa-se assim a fase da "Belle Époque" das práticas termais européias, que decorre entre 1920 e 1930. Torna-se hábito freqüentar as termas, acompanhado pela família, tornando-as pólos sociais importantes. Surgem estabelecimentos hoteleiros de luxo associados às caldas, assim como os primeiros cassinos. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os europeus estavam ávidos de convívio e descontração e as estâncias termais ofereciam-lhes tudo isso, para além da cura para os mais diversos males.
A partir dos anos 60, a popularização da praia desvaloriza a ida às termas. A pouco e pouco, o esplendor das grandes estâncias termais vai-se perdendo. Mas, as estâncias termais ainda têm um papel muito importante na promoção da saúde e do bem-estar, ajudando a prevenir a doença. "As termas, sendo locais aprazíveis onde a pessoa é cuidada, permitem, de fato, uma quebra com as rotinas do dia-a-dia, o que influencia a nossa resposta imunológica, o regime alimentar, o ciclo de sono e as respostas de stress", afirma o clínico geral Mário Ferreira.
A atuação das águas depende dos sais existentes nas águas, que surgem de acordo com as camadas geológicas que caracterizam a zona da estância termal. São esses sais que vão atuar na pele, se fizermos um banho, assim como nos órgãos e músculos através de inalações, aerossóis ou técnicas de movimentação dentro de piscinas - usadas nos exercícios de fisioterapia. A utilização de lamas, que conservam a temperatura da água termal junto à pele, também é muito benéfica.
Com os problemas do dia-a-dia, cada vez há menos tempo para relaxar e parar para pensar. "As termas devolvem às pessoas a proximidade com a terra, com a água e com o ar", adianta Mário Ferreira. Um regresso à natureza, defendido por uma nova corrente conhecida por wellness que protagoniza o equilíbrio como chave para a felicidade.
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