segunda-feira, 30 de julho de 2012

Chegar como a brisa...




Chegar, como brisa que atravessa a janela.

Soprando de leve, as brumas do passado.

Chegar, como o barco.

Trazendo alegrias,

após enfrentar as procelas sombrias.

Chegar, como a saudade.

Que bate, de manso, no coração.

Chegar, como chuva, fininha, mansinha,

criadeira, necessária e tão querida.



Ficar, nas lembranças do passado,

nas estampas do presente,

a retratar nosso ontem no hoje.

Ficar, para sempre.

Na imagem nunca esquecida,

dos que nos são tão queridos.

A vida, é chegar e ficar, para sempre.

Vida nunca será partida.

  (Cecília Meireles)


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