Os sinos anunciam a hora da missa,
Embalando as nuvens carregadas,
Que andam vagarosas no céu.
O toque do sino é melodia,
Enquanto a chuva fina
É uma pálida cortina.
Na rua silente, sem caminhantes,
A voz do sino é um soluço,
Misturado ao silêncio da tarde.
Revoltam-se as ondas do mar,
O olhar afunda-se para além da janela,
Numa complacente espera sem sentido.
Estaria o sino chorando,
Ou fazendo uma prece?
Sônia Schmorantz
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