quarta-feira, 30 de julho de 2014

Presentes Divinos...

“Uma avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos
dos outros. Quando nos levam para passear, andam devagar e não pisam nas flores bonitas nem nas lagartas. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca se importam de contar a mesma história várias vezes. As avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós. Todo mundo deveria fazer o possível para ter uma avó, sobretudo se não tiver televisão!” (Definição dada por uma criança e divulgada pela INTERNET)
Ana e Joaquim já eram considerados idosos quando foram agraciados com uma
benção divina, através do nascimento de uma linda menina, a quem chamaram de Maria. Ana só exerceu sua maternidade até os três anos da filhinha, mas até hoje ela é lembrada como Santa Ana, padroeira das mulheres grávidas. O casal, pais de Nossa Senhora, são os padroeiros dos avós, afinal sua filha gerou o filho de Deus. No calendário religioso o Dia de Santa Ana e de São Joaquim é comemorado no dia 26 de julho, por isso esse é o dia dos Avós.
Conhecidos como “pais de açúcar”, os avós tem um papel muito mais significativo do que “garantidores” de mimos. A troca de experiência entre as duas gerações permite a manutenção das tradições, costumes e valores familiares. O velho dito popular de que a criança traz vida a uma casa é sábia, pois a energia vital que uma criança transmite é um poderoso remédio para muitos males, e ela é retribuída com a afetividade, a paciência e a sabedoria com que os avós presenteiam seus netos.
A legislação brasileira reconhece esse papel e atribui direito e deveres recíprocos oriundos dessa descendência. Entre eles, o mais significativo, é o direito de visitas dos avós, regulamentado por legislação específica e norteado pelo princípio constitucional de direito à convivência familiar. Esse direito é buscado especialmente nos casos de separação dos pais ou morte de um dos genitores, mas muitas vezes é esquecido pelos próprios casais, que não percebem estar subtraindo de seus filhos momentos especiais e marcantes.
Alguém referiu que quando nasce um neto, nasce uma avó. Pessoalmente, foi exatamente isso que senti quando conheci meu primeiro neto. É a certeza de nossa descendência, pois afinal não é fruto de nossa própria decisão. Seu nascimento independe de nossa vontade, no entanto, torna-se um preciso presente, uma graça tão significativa como àquela que Ana e Joaquim receberam diretamente de Deus.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Saudade é o amor que fica...



Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria.
Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

— Tio, disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Indaguei: — E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança. E minha mãe vai ficar com saudades - emendou ela.

Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
-E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.

Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

ATITUDE É TUDO!!!

Seja mais humano e agradável com as pessoas.

Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.

- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente, NÃO RECLAME!

Dr. Rogério Brandão Médico oncologista

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Lugares impressionantes...



Algumas paisagens ao redor do mundo parecem ter sido retiradas de um filme futurista, criadas
artificialmente ou provenientes de algum mundo alienígena bem distante.
 No entanto, pertencem naturalmente ao nosso planeta, com todas as suas impressionantes peculiaridades.
 Desde lagos e fontes termais multicoloridas a formações rochosas inusitadas, esses lugares não param de surpreender e encantar, além de nos fazer questionar a todo o momento se são realmente reais e deste mundo.


Domingo de inverno...




Domingo frio, quase agosto,
Os sinos anunciam a hora da missa,
Embalando as nuvens carregadas,
Que andam vagarosas no céu.
No ar sombrio da tarde
O toque do sino é melodia,
Enquanto a chuva fina
É uma pálida cortina.
Chega o agosto, cheio de frio,
Na rua silente, sem caminhantes,
A voz do sino é um soluço,
Misturado ao silêncio da tarde.
Bradam os ventos contra as pedras,
Revoltam-se as ondas do mar,
O olhar afunda-se para além da janela,
Numa complacente espera sem sentido.
Estaria o sino chorando,
Ou fazendo uma prece?


Sônia Schmorantz



segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cães...



Eles são conhecidos como o melhor amigo do homem. Agora, os cientistas mostraram que
simplesmente possuir um cão pode retardar o relógio do envelhecimento através do companheirismo canino, fazendo com que os donos aparentem ser até 10 anos mais jovens.
O pesquisador Zhiqiang Feng, da St Andrews University, na Escócia, afirmou que se você tem um cão em casa, o seu nível de atividade física é mais ou menos equivalente a uma pessoa 10 anos mais jovem.
— Isso pode não fazer com que você ganhe mais uma década em sua vida, mas é muito benéfico. Está comprovado que permanecer fisicamente ativo na velhice evita uma série de doenças, principalmente musculares e ósseas — explica.
Além dos benefícios físicos, um cão também é bom para a saúde mental do seu dono. Em média, essas pessoas têm níveis mais baixos de depressão, promovendo a saúde de forma geral.
O cientista sugere que a criação de mais esquemas de compartilhamento de cães poderia ajudar muitos idosos a desfrutar dos benefícios de ser um dono, sem despesas ou responsabilidades.
O estudo, publicado na revista Preventive Medicine, analisou 547 idosos, cuja idade média era de 79 anos. Todos viviam a uma distância de cerca de 96km um do outro. Durante sete dias, os participantes foram convidados a usar um acelerômetro que media seus movimentos. Dos voluntários, 9% eram donos de cães e todos apresentaram níveis significativamente mais baixos de ansiedade e depressão.
Após a exclusão de pessoas com deficiência e gravemente doentes, a pesquisa relatou que os resultados sugerem que a posse de um cão pode motivar atividades pessoais e permitir que idosos superem barreiras potenciais como sair de casa e ser fisicamente ativos, a falta de apoio social, o mau tempo e as preocupações com a segurança pessoal.
— As evidências mostram que a posse de um cão também está associada com um aumento do nível de atividade física em 65 segundos a mais. Em média, idosos donos de cães eram 12% mais ativos do que seus colegas sem pets — comenta Feng.
Ao explicar o efeito benéfico, a equipe aponta que passear com o cão torna mais fácil conhecer pessoas na vizinhança local, o que em si é um incentivo para sair da casa.

domingo, 20 de julho de 2014

Mulher madura...

.."Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.

A mulher madura está pronta para algo definitivo.

Merece, por exemplo, sentar-se naquela praça de Siena à tarde acompanhando com o complacente olhar o vôo das andorinhas e as crianças a brincar. A mulher madura tem esse ar de que, enfim, está pronta para ir à Grécia. Descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidades. Por isto, pode-se dizer que a mulher madura não ostenta jóias. As jóias brotaram de seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.

A mulher madura é um ser luminoso é repousante às quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhos pelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.

Sobretudo, o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem a souber amar".

Affonso Romano de Sant'Anna

sábado, 19 de julho de 2014

Sri Prem Baba...



Seu coração se alegra quando você se sente guiado; quando percebe que não está sozinho e que não é uma folha solta ao vento, mas que existe uma inteligência conectando tudo, e que você faz parte disso - você faz parte desse jogo.
 Então, você se sente pertencendo - você é uma flor no jardim do criador.
 Dessa forma não há tristeza.
 Mas, para chegar a esse estado de contentamento é preciso aprender a escutar a voz da intuição e a prestar atenção na sincronicidade, porque, por trás de uma misteriosa “coincidência” sempre há uma mensagem para você.
 A sincronicidade é a linguagem que o universo utiliza para te mostrar os próximos passos da sua jornada.” 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Imigração Italiana no Brasil...



Introdução
Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil na década de 1870. Porém, foi entre as décadas de 1880 e 1910 que houve o maior fluxo de italianos para o território brasileiro, principalmente, para as regiões sul e sudeste do país.

Por que os italianos vieram para o Brasil
Grande parte dos italianos que migrou para o Brasil eram de origem humilde, principalmente de regiões rurais da Itália. O Brasil era visto como uma terra nova, repleta de oportunidades. Vale lembrar que a Itália passava por uma crise de emprego na segunda metade do século XIX, gerada, principalmente, pela industrialização do país. O alto crescimento populacional não foi acompanhado pelo crescimento econômico do país e pela geração de novos empregos, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida em outros países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Suíça, entre outros).
Se por um lado a Itália tinha muitas pessoas querendo buscar trabalho em outros países, o Brasil necessitava de mão-de-obra. Após a Abolição da Escravatura (1888), os agricultores optaram pela mão-de-obra de origem europeia, ao invés de integrarem os ex-escravos ao mercado de trabalho. O próprio governo brasileiro fez campanha na Itália para atrair esses italianos para o trabalho na lavoura brasileira.

As colônias italianas no Brasil
Grande parte das colônias italianas se concentrou nas regiões sul de sudeste do Brasil. O estado de São Paulo foi o que mais recebeu imigrantes italianos que foram trabalhar nas lavouras de café e também nas indústrias da capital do estado. 
Já no sul do país, estes imigrantes se concentraram, principalmente, na região da Serra Gaúcha. Muitas colônias italianas foram criadas em cidades como, por exemplo, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi. A cultura de uva para a produção de vinho foi a principal atividade econômica realizada por estes imigrantes.

Os empreendedores
Alguns italianos chegaram ao Brasil dispostos a criar pequenas empresas e prosperar na nova terra. Vendiam o que tinham na Itália e investiam no Brasil em áreas como a agricultura, comércio, prestação de serviços e indústria. Muitos destes italianos empreendedores prosperaram em seus negócios, gerando riquezas e empregos no Brasil. Um dos exemplos mais conhecidos foi de Francesco Matarazzo e seus irmãos, que emigraram para o Brasil em 1881 e construíram em São Paulo um verdadeiro império industrial.

A diminuição da imigração italiana para o Brasil
No começo do século XX, começou chegar à Itália, notícias das péssimas condições de trabalho e moradia de famílias italianas residentes no Brasil. Essas informações foram divulgadas pela imprensa, fazendo com que diminuísse drasticamente a vinda de italianos para o Brasil. Outro fato que influenciou essa queda na imigração, foi o controle feito pelo governo de Benito Mussolini sobre a imigração no final da década de 1920.

A cultura italiana no Brasil
Os italianos que vieram viver no Brasil trouxeram na bagagem muitas características culturais que foram incorporadas à cultura brasileira, estando presentes até os dias de hoje. Muitas palavras italianas foram, com o tempo, fazendo parte do vocabulário português do Brasil. No campo da culinária esta influência foi marcante, principalmente, nas massas (macarronada, nhoque, canelone, ravióli, etc.), molhos e pizzas. Os italianos também ajudaram a fortalecer o catolicismo no país. 

Você sabia?
- Comemora-se em 21 e fevereiro o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
- De acordo com dados estimados da Embaixada da Itália no Brasil, vivem no país cerca de 25 milhões de descendentes de italianos, sendo que grande parte concentrada nas regiões sul e sudeste.

- Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram residir no Brasil.

Sua Pesquisa.com

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O Vinho e a Saúde da Mulher...

                                                                     



O vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher.
 Nenhum alimento é mais apropriado a virtuose feminina que o vinho.
Todas as virtudes terapêuticas do vinho para os homens beneficiam também as mulheres. Mas o vinho reserva alguns favores exclusivos para as mulheres.
As ações benévolas do vinho para a saúde só ocorrem se ele for bebido com moderação, regularmente, junto com as refeições e por quem não tenha contra-indicação ao uso de bebidas alcoólicas.
Os efeitos benéficos do vinho se devem um pouco ao baixo teor de álcool e muito aos Polifenóis e sua convivência harmônica com outros compostos. 60% dos Polifenóis vêm da semente da uva, 33% da casca, o resto da polpa, pedicelo e madeira. É por isso que, como regra, os vinhos tintos têm mais virtudes para a saúde que os vinhos brancos.
O adenocarcinoma de mama é o câncer que mais mata as mulheres. Ele tem uma relação direta com a ingestão de bebidas alcoólicas, isto é, quanto mais álcool uma mulher ingere maior a probabilidade dela ter esta doença. Isto está bem documentado em uma metanálise de 53 estudos epidemiológicos, incluindo 584.515 mulheres com câncer de mama.
 Este trabalho foi feito com a colaboração de vários pesquisadores e publicada no British Journal of Cancer, em 2002.
 Inúmeros estudos (mais de 10 nos últimos dois anos) mostram que quando a bebida ingerida é o vinho, há uma proteção ao desenvolvimento deste tipo de câncer.
 Várias outras pesquisas mostram os mecanismos pelo qual se dá esta proteção: a ação protetora do Resveratrol sobre os receptores estrogênicos da mama; a inibição da alteração do DNA que gera as células cancerosas, bloqueio do crescimento e disseminação destas células e também porque alguns Polifenóis (como a Quercitina) aumentam a apoptose – morte programada – da célula cancerosa.
As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto às refeições têm 50% menos chance de desenvolverem câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Drª Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia e mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle.
 As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco.
As mulheres que têm o hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições têm atenuadas as manifestações de climatério e menopausa, foi o que constatou o Dr. Calabrese da Itália. 
O climatério e a menopausa ocorrem quando o ovário – glândula sexual feminina – entra em falência e diminui muito a produção de estrógeno – o hormônio feminino. O Resveratrol – um dos 200 Polifenóis do vinho – tem uma similaridade estrutural e funcional muito grande com o Estrogênio.
 Por essa semelhança ele é reconhecido como um fito-estrógeno e age atenuando as manifestações do climatério e menopausa que afligem tantas mulheres no final da vida reprodutiva.
As mulheres que têm o hábito regular de tomar bebidas alcoólicas custam mais para engravidar. O Dr. Tolstrup e outros pesquisadores demonstraram uma relação direta entre o consumo de bebidas alcoólicas e infertilidade feminina. Mas a equipe do Dr Juhl, estudando 29.844 grávidas na Dinamarca, constatou esta relação apenas para as mulheres que consumiam cerveja e destilados e uma relação inversa para as mulheres que tomavam vinho.
 Outros estudos mostraram a mesma coisa: mulheres com hábito regular de beber vinho moderadamente com as refeições engravidam mais fácil que as abstêmias e bem mais rápido que as que tomam outros tipos de bebidas alcoólicas.
A osteoporose é uma condição clínica na qual o osso descalcifica e perde massa – fica poroso. Ela faz parte do processo natural do envelhecimento. Conforme avançamos em idade o nosso esqueleto vai descalcificando e os nossos ossos ficando mais frágeis.
 A osteoporose ocorre, sobretudo, nas mulheres quando entram na menopausa. A menopausa e a perda de massa óssea ocorrem pela deficiência de estrogênio.
 Existe um estudo muito bonito feito na França, com 7.598 mulheres com mais de 75 anos de idade que mostrou que as que tinham o hábito regular de tomar até três taças de vinho por dia, junto com as refeições, ganhavam massa óssea, contrariando a História Natural do envelhecimento. 
Isso acontece porque alguns Polifenóis que existem em abundância no vinho estimulam os osteoblastos – células que formam osso – e inibem o osteoclastos – células que destroem o osso. E também porque o Resveratrol tem uma semelhança estrutural e funcional com o estrogênio – o hormônio feminino que, entre outras coisas, preserva a arquitetura óssea.
Outra dádiva do vinho para as mulheres é sobre a pele – o órgão que mais expõem as crueldades do envelhecimento.
 Os Polifenóis do vinho melhoram muito a consistência e a elasticidade da pele, isso porque eles inibem a colagenase e a elastase, duas enzimas que destroem o colágeno e a elastina, responsáveis pela consistência e elasticidade deste órgão do revestimento.
 Além disso, eles melhoram muito a hidratação e a microcirculação da pele, dando-lhe mais vida. Estes efeitos dos Polifenóis ocorrem tanto se eles forem aplicados direto sobre a pele quanto se ingeridos. E quando aplicados direto na pele e ingeridos, as ações se potencializam.
 Esse efeito sobre a pele é tão impressionante que hoje existem inúmeros tratamentos de beleza e cosméticos feitos a base de óleo de semente de uva e vinho.
O governo americano tem uma vigilância muito rígida sobre a saúde do seu povo através dos CDC (Centers for Disease Control). A Drª Ann Malarcher, uma pesquisadora deste órgão, veio a público em 2001 para chamar a atenção para o fato de mulheres jovens (entre 15 e 44 anos de idade) que tomam até duas doses de bebidas alcoólicas por dia têm 60% menos Derrame Cerebral do que as abstêmias.
 E quando esta bebida alcoólica é o vinho a probabilidade de desenvolver essa doença é menor ainda. Esses dados epidemiológicos são tão relevantes que hoje a própria Associação Americana do Derrame Cerebral (NSA – National Stroke Association) reconhece que as mulheres que tomam vinho regularmente e moderadamente com as refeições têm menos Derrame Cerebral e que as mulheres que já tiveram esse mal e passam beber vinho regularmente e moderadamente têm menos chance de ter um novo episódio da doença.
A ingestão regular e moderada de vinho diminui a circunferência abdominal tanto em homens como em mulheres, foi a conclusão da pesquisa desenvolvida ao longo de 10 anos pelo Dr Vadstrup e colegas.
 Estes dados surpreendentes foram extraídos do “Estudo do Coração da Cidade de Copenhagem”. A população desta cidade está sendo observada há vários anos neste grande projeto de pesquisa.
 A medida da circunferência abdominal, como a medida da Pressão Arterial e do Colesterol sanguíneo, são um determinante de risco para ataques cardíacos e por isso objeto da observação.
 Quando os pesquisadores foram analisar o perímetro do abdome no grupo de pacientes que tinha o hábito regular de tomar diferentes tipos de bebidas alcoólicas encontraram este instigante dado: os que bebiam vinho diminuíam a circunferência abdominal, ao contrário dos que tomavam cerveja e destilados. 
Outros estudos, como feito pelo Dr. Yoshikawa mostraram que alguns dos polifenóis, que existem em quantidade apreciável no vinho, destroem gorduras por inibição de enzimas metabolizadoras de gordura como a lipase pancreática, a lipase lipoprotéica e a glicerofosfatodesidrogenase.
É por isso tudo que eu penso que o vinho é um alimento que foi concebido pelos deuses para enaltecer a saúde, a beleza e o espírito da mulher.

Dr. Jairo Monson de Souza Filho
e-mail: jairo@monson.med.br

O que faz de uma casa um Lar?



Sinta-se em casa e entenda o que faz do lar o ponto mais importante do seu mapa sentimental



Parece que em nenhum outro lugar do mundo somos tão bem-vindos e nos sentimos tão reconfortados quanto em nossa morada. E realmente é nela que retomamos o contato com o nosso eu mais autêntico, que estava escondido nos bastidores esperando só que o dia acabasse. É na sua privacidade que você pode se jogar no sofá, estender as pernas e, por uns instantes, dar as costas para o mundo.


Abrigo para o corpo

As casas se tornaram o lugar que nos protege do ambiente em que vivemos: é lá que estamos seguros, resguardados do frio, da chuva... Mas o conceito de casa como conhecemos hoje surgiu no Império Romano, com as construções de madeira e barro.

Um dos maiores arquitetos desse período, o romano Marcos Vitrúvio foi o primeiro a teorizar sobre a essência da casa. Para ele, ela estava justamente na lareira, cujo fogo era o elemento inseparável das cabanas rústicas. Em seu tratado De Architectura, ele relata que "com o fogo surgiram entre os homens as reuniões, as assembleias e a vida em comum". E também a convivência doméstica. "A palavra lar é uma corruptela de lareira. Tem a ver com o conceito do fogo de unir ao seu redor todos os integrantes de um laço familiar, sendo, de modo figurativo, um manto que aquece, aproxima e protege todos os seus integrantes", afirma Jorge Marão Miguel, diretor do Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina.

Refúgio para a alma                                              


Essa proteção pura e simples ganhou uma relação afetuosa com o passar dos séculos. Saber que temos onde morar, deixar nossos pertences e viver nossa vida íntima nos dá uma segurança tremenda. Porque a moradia representa o controle que temos sobre nossa vida privada. É a proteção da nossa incerteza da existência, como dizia Sigmund Freud.

Outro ramo da psicologia, a psicologia ambiental, defende que ao mesmo tempo que o homem modifica o meio, é também modificado e influenciado por ele. Dessa forma, a casa em que vivemos tem um papel importante no desenvolvimento de nossa personalidade. Ela é a extensão do nosso "eu". "As primeiras impressões afetivas de um indivíduo surgem na infância, geralmente no lar, que é o lugar em que passamos mais tempo quando somos bebês. Por isso o conceito de lar está tão ligado à família em nossa mente", diz Zenith Delabrida, do Laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de Brasília.

Onde mora o afeto

Mas por que será que é só na nossa casa que temos a sensação de conforto absoluto? O filósofo Alain de Botton nos dá a pista. No livro A Arquitetura da Felicidade, defende que o lar reflete nossa personalidade, é ele o guardião da nossa identidade. É dentro da nossa própria morada que podemos vivenciar todas as nossas convicções, reafirmar nossos valores. O lar, assim, pode ser qualquer lugar, desde que ele seja um espelho de nós mesmos.  

Pode ser até um veleiro, como é o caso da administradora de empresas Julia Acordi Lima. Durante uma regata no litoral paulista, ela conheceu Simon, um velejador suíço, e a paixão em comum pelo mar logo virou uma paixão em comum. Depois de meses de namoro, o visto dele expirou e o obrigou a deixar o país. Entre a escolha de se separarem ou viverem juntos, optaram pela segunda opção.

Julia pediu demissão, juntou suas coisas e foi morar em um veleiro de 37 pés. O primeiro endereço foi a Patagônia. Logo partiram para a Antártida e, depois, para o Chile. Lá conceberam o primeiro filho e cruzaram o oceano Pacífico. "O Timo nasceu no Brasil, mas voltamos com ele ao barco quando já estava com 8 meses", diz. Julia conta que, no começo, a mudança foi difícil. Mas ela logo se acostumou com a nova morada e hoje não se imagina vivendo num apartamento. "Eu nunca fui muito apegada às coisas e aos lugares, e ser assim ajudou na adaptação. Lar, para mim, é um cantinho onde você cuida e cria suas coisas: as refeições, o cotidiano e, principalmente, o amor".

Agora a família está na Austrália, esperando o nascimento de Lucas, o quarto integrante. Quando ele estiver com 2 meses, voltam a navegar. "A ideia é seguir velejando até as crianças completarem a idade de ir para a escola, então temos mais ou menos cinco anos dessa vida", diz ela, pronta para mudar para um catamarã de 44 pés - com direito a geladeira, freezer e, ufa, chuveiro. A nova "casa" está pronta e definida. Já o endereço continua dependendo do humor da família - e das condições do mar.

LIVROS                                                                               
A Arquitetura da Felicidade, Alain de Botton, Rocco
A Casa, Jorge Marão Carnielo Miguel, Imesp

domingo, 13 de julho de 2014

A mãe da gente...

                                                                



          "A mãe da gente é o mais inevitável, inefugível, imprescindível, amável, às vezes exasperante e carente ser que, seja qual for a nossa idade, cultura, país, etnia, classe social, nos fará a mais dramática e pungente falta quando um dia nos dermos conta de que já não temos ninguém a quem chamar "mãe"."

(Lya Luft)


Mãe... 31 anos de ausência física!

                                     






Um vazio,uma falta...  
É algo apertando dentro da gente.
Mesmo na saudade, pessoas especiais nunca são ausentes.
Quando se ama de verdade, fica no coração,eternamente.... 


Patty Vicensotti
 



sexta-feira, 11 de julho de 2014

Santa Madre Paulina...



SANTA PAULINA - UMA SANTA PARA O NOSSO TEMPO
Nascida no dia 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trentino Alto Ádige, norte da Itália recebeu o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Era a segunda filha de Antônio Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer.
Imigrante italiana radicada no Brasil desde os nove anos de idade, Santa Paulina adotou o Brasil como sua pátria e os brasileiros como irmãos.
Imigrou para o Brasil, juntamente com seus pais, seus irmãos e outras famílias da região Trentina, no ano de 1875, estabelecendo-se na localidade de Vígolo - Nova Trento - Santa Catarina - Brasil. Em 1887 faleceu sua mãe e Amábile cuidou da família até o pai contrair novo casamento. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.
Aos 12 de julho de 1890 com sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Angela Viviani, em fase terminal de câncer, num casebre doado por Beniamino Gallotti. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a ela mais uma entusiasta de ideal: Teresa Anna Maule.
Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott, hoje um centro de encontros.
A itinerância missionária
Em 1903, Santa Paulina foi eleita, pelas Irmãs, superiora geral, por toda a vida. Nesse mesmo ano, deixou Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, filhas de ex-escravos e pobres no Ipiranga, em São Paulo - SP. Recebeu apoio do pe. Luiz Maria Rossi e ajuda de benfeitores em especial do conde Dr. José Vicente de Azevedo.
Em 1909, a Congregação cresce nos estados de Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado às pessoas idosas, doentes e crianças órfãs.
Nesse mesmo ano, Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista, a fim de cuidar doentes e asilados, onde testemunha humildade heróica e amor ao Reino de Deus. Compreendendo que a obra é de Deus e não sua, ela se submete humildemente e permanece por 09 anos naquela missão.
Em 1918, Santa Paulina é chamada a viver na sede Geral da Congregação, onde testemunha uma vida de santidade e ajuda na elaboração da História da Congregação e no resgate do Carisma fundante. Acompanha e abençoa as Irmãs que partem em missão para novas fundações. Alegra-se com as que são enviadas aos povos indígenas em Mato Grosso, em 1934. Rejubila-se com o Decreto de Louvor dado pelo Papa Pio XI, em 1933, à Congregação.
Santa Paulina morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, dia 9 de julho de 1942, com fama de santidade; pois viveu em grau heróico as virtudes de FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE e demais virtudes.
Processos de Beatificação e Canonização
Para a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a comemoração dos 10 anos de Canonização (em 2012) faz recordar todo o processo de beatificação e canonização de Santa Paulina. O primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral, diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina, Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou. A cura foi atestada pelo Santo Padre e, no dia 19 de maio de 2002, o Papa João Paulo II canonizou Santa Paulina, reconhecendo suas virtudes em grau heróico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras.