sábado, 29 de março de 2014

Parabéns, Porto Alegre!

Completou, na quarta-feira passada, 242 anos de fundação minha querida Porto Alegre.

Continuou debruçada à beira do Guaíba, o rio que foi massacrado durante os últimos 60 anos por uma poluição encarniçada.

Eu ainda alcancei, nos anos 50, um Rio Guaíba balneável. Em Belém, a gente entrava no rio com água até o pescoço e, incrível, viam-se junto aos nossos pés, lá no fundo, os lambaris balouçantes, era uma água cristalina. Juro que alcancei esse tempo de delícias.

Apareceram nos últimos anos o Parque Moinhos de Vento e o Marinha do Brasil para reforçarem o alquebrado Parque Farroupilha, a nossa Redenção, que resiste bravamente à estupidez indizível de não a terem cercado.

Acontece que nós, que nascemos em Porto Alegre, clamamos veementemente aos poderes públicos para que cerquem a Redenção. Mas os forasteiros, os que vieram de outras cidades e foram acolhidos por Porto Alegre, não querem que se cerque o Parque.

E assim vemo-lo todos os dias sendo depredado, suas estátuas são quebradas, suas árvores e equipamentos são agredidos.

E o fantástico é que toda a destruição da Redenção se dá à noite, quando só frequentam o Parque os vândalos e os vagabundos.

Por isso é que se tem de cercá-lo, para protegê-lo à noite e abri-lo estuante durante o dia.

Fez, nesta semana, 242 anos de idade a nossa querida Porto Alegre. Quando nasci, Porto Alegre era ainda uma quase aldeia, tinha 400 mil habitantes apenas. Agora já virou metrópole pretensiosa, embora incrivelmente ainda não tenha metrô. Se o tivesse, seria uma metrópole maior de idade.

Porto Alegre do meu tempo tinha bondes, hoje deu-se lugar imbecilmente a milhares de ônibus poluentes que emperram o trânsito, porém de greve em greve vão quebrando o galho do transporte público.

Reparam, os meus leitores, que os morros que circundam Porto Alegre foram lamentavelmente crivados de habitações?

Quando eu era criança, o Morro da Polícia era pelado de casas, hoje ficou repleto de residências e perdeu aquele ar silvestre que tinha. Certamente os pássaros foram expulsos não sei para onde, deixaram a cidade e com isso esmaeceram a poesia.

Mas está aí, ainda oferecida diante dos nossos olhos, nossa querida Porto Alegre, a capital de todos os gaúchos.

Saiu daqui de Porto Alegre, onde estava refugiada de sua Minas Gerais, a nossa estimada Dilma Rousseff para ser presidente da República. Reconheçamos que ela tem dado atenção especial a Porto Alegre e ao Rio Grande.



Mas ainda falta o nosso metrô, dona Dilma.

(Paulo Santana)



sexta-feira, 28 de março de 2014

Fotografar...



"Fotografar é congelar o momento, é travar um instante, é segurar o tempo, 

é tornar tudo importante,

 cada detalhe se mostra, cada cor se revela, nada se deixa passar, 

 nada é irrelevante.

 É observar o segundo pela forma mais bela,

 é ter nas mãos o tempo. ........ " (AD)....



quinta-feira, 27 de março de 2014

Gama...

Gama Vestibulares está completando quarenta anos de história e fiz parte dela. Ali, onde hoje é a Loja Pompéia, convivi com grandes pessoas, colegas e professores, numa época de sonhos e expectativas. Fazer cursinho pré-vestibular era quase sinônimo de aprovação. Só que era, e ainda é, caro e na época proibitivo para o orçamento de minha família. Fantasiava-se sobre os professores. Gaston era hilário, Romero era preciso, Adil e Barquete davam banho em Biologia. Tínhamos Osvandré (o primeiro aluno Gama, mais um lenda desse ícone) em geografia, Korb em literatura, José Ernani em história, a linda Jussara em Matemática e estar ali, naquele mágico ambiente, era sonho de consumo. Eu, que fiz o intensivo (meio ano) sempre era o terceiro a chegar às aulas. Antes de mim estavam postados à porta os irmãos Emerson e Dênis Machado, que viriam a ser meus colegas de faculdade. Dênis chegou à aula com o disco da Rita Lee intitulado Esse Tal de Rock Enrow, bem assim. Lembro bem de Edgar Garcia, do gringo Biasuz, filho do Ivo e de Voltaire Borges. Voltaire durante uma aula do Ernani, olhou meio enviesado para mim e iniciou uma frase que faria qualquer um voar: eu queria estar agora aonde está meu pensamento...e, aí andei dez mil quilômetros em milionésimos de segundos e implorei que ele terminasse a reflexão, onde andaria seu pensamento? Ele repetiu, eu queria estar agora aonde está meu pensamento...Passo Fundo, Sananduva, Santana do Livramento. 
Os melhores alunos eram dois que vinham de Carazinho e que queriam fazer Engenharia Eletrônica. Eram os gênios, gabaritavam tudo e estavam acima dos mortais. A plebe se dividia: os que estudavam muito queriam Medicina e Odonto; os filhos de advogados miravam em Direito tal qual os filhos de agricultores que tentariam Agronomia. Eu era da turma dos sonhadores e a gente queria coisas que nem entendia. A gente queria Oceanologia, Engenharia Química, Zootecnia e eu escolhera Engenharia Florestal. Tinha, não me levem a mal, os que nada queriam com o pastel e que competiriam em Educação Física.

Eu estudava por fora, lia os livros do Mauá: Menegotto (biologia), Vítor Segundo Mandelli (inglês), Edson de Oliveira (português), lia ecologia e também José Fogaça.

Duas semanas após o início das aulas em agosto de 1975 fizemos uma prova geral de 100 questões. Paulo Barquete entrou na sala e disse que listaria o nome dos que passariam no vestibular. Leu o meu nome e o nome de minha namorada à época, entre dezenas de outros. Estava honrando o dinheiro de meu pai.

Queria fazer Florestal e sou médico, minha namorada fez Agronomia e foi trabalhar no banco do Brasil. Não sei dos outros, mas sei dos sonhos. Parabéns alunos e professores de um mágico local que deixou história. Parabéns Romero.
               
Há, por obrigação e para que se evite a injustiça de deixar de mencionar colegas e professores significaram em nossas existências concluir as impressões sobre o momento mágico pré-vestibular e o Gama Vestibulares.
A primeira vez que fui ao Gama foi para colher informações. Lá estampava-se Osvandré, imortalizado, sorridente e autoconfiante, em um out-door. Bem bolado porque transmitia a energia necessária para iniciar a grande empreitada de estudos. Eduardo Fernandes apontou-me um cara que estava ao balcão com raquete de tênis e disse: é esse o cara que vai sair da Banda do Conceição e que tu vais substituir. Era Tadeu Feres, hoje ecografista e gineco consagrado. Pensei que somente um maluco para abandonar a banda. Logo mais tarde, ao sair do cursinho e ir ensaiar com a banda, ao lado de Clóvis Frainer e de minha namorada, lembro como se fora há um minuto que o radiozinho daquela sapataria sublimava bem alto Michael Jackson em One Day in Your Life. Trilha musical Gama. Legal, não é?

Matriculei-me basicamente para compreender matemática, física e química. Anete De Césaro substituiu a professora Jussara para dar aulas de matemática com a mesma competência profissional, mas não aos nossos suspiros juvenis. Saletinha emprestava um inigualável carinho e mimo familiar tão necessários a quem enfrenta incertezas e Ivo Vieira, professor de química, hoje médico, ensinou técnica de raciocínio memorável. Na última aula decretou: se tu estudaste de acordo com o combinado vai a dica. Se levares mais de quinze segundos para montar a fórmula é porque lestes a questão de maneira errada. Bingo, de vinte e cinco questões de química gabaritei dezenove na UPF.


De Santa Maria vinha como reforço para química orgânica um professor do qual não recordo o nome. Uma de suas aulas foi dada no Colégio Bom Conselho num sábado de primavera. No intervalo lembro bem o som ambiente: Moro Onde Não Mora Ninguém, de Agepê. Em outra ocasião, num domingo de manhã, após aula no auditório do NPOR, caminhei pela Uruguai em direção a casa da namorada Zuza e encontrei Beto, que chamavam de Beto Louco, na baixada próximo ao Beco do Susin. Perguntou-me o que eu fazia com livros em pleno domingo. Disse-lhe que estava em aula. Aula aos domingos? Depois dizem que eu é que sou louco, completou.


Meus estudos ao vestibular começaram solitariamente, em casa: biologia, depois português de Ceres e Alcides Sartori, depois o material do Mauá e do Integral. Quando em agosto de 75 ingressei no Gama já havia lido quase tudo. O cursinho, por si só não aprova ninguém. Perceba, caro amigo e amiga, que a vida do garoto da vila tinha estudo e lazer, novela, música, namorada e banda do colégio.


Fui aprovado em Santa Maria em Engenharia Florestal e em Medicina aqui na terrinha. Não houve grandes comemorações, eu me sentia confiante na aprovação, havia me preparado para isso. Queria Florestal, sou médico. O por que dessa troca preciso conter em outra oportunidade.


Cursinho é sedução, é hipnose e é encanto. Havia a mágica da juventude, havia os caras que davam aula e que faziam a gente acreditar que era possível e que só dependia da gente. Tinha amigos que se fizeram eternos, tinha gente que não conseguiu a aprovação, tinha amigos compenetrados e havia os hilários. Tinha, também, Paulo Bacchi de Sarandi, irmão da Sílvia e Raquel, que parou o trânsito de Santa Maria sob torrencial chuva naquele início de 1976 quando as provas terminaram e a quem dedico essa crônica, em homenagem a seu eterno sorriso e sua imorredoura juventude. Ao Paulo Bacchi, o cara que parou o trânsito de Santa Maria e que gritava com todos nós, a plenos pulmões: Gama, Gama, Gama...


(Jorge Anunciação)    


                            


27 de março... Dia do Grafite!



É chamado de grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado que pode ser feito em painéis, muros e paredes. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante, e por algumas pessoas como vandalismo. 

Hoje o grafite é considerado forma de expressão. Incluído também como artes visuais. Muitas vezes esse tipo de arte é usado para chamar atenção para assuntos como o abandono infantil e outras causas.
 É chamado de street art ou arte urbana, pois cria uma linguagem intencional que interfere na cidade. Contudo há quem compare o valor artistico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso e não usa os elementos de cor e arte, apesar que muitos grafiteiros famosos admitem já ter sido pichadores. 

Com o movimento contracultural, de maio de 68, quando muros em Paris foram usados como suporte de inscrições poético-políticas, a práticado grafite tornou-se mais popular e espalhou-se pelo mundo, tomando contas de outras tribos além do hip hop. 

quarta-feira, 26 de março de 2014

25 de março 2014... meus 60 anos!


Uma homenagem nesse dia para a Ana de nossas vidas!
https://www.youtube.com/watch?v=DVJwwLcV3KY
the beatles from the album please please me
YOUTUBE.COM|POR BEATLEMUSICAL
Presente do filhote!
Tia Ana Regina Rigo, querida do nosso coração! Um exemplo de pessoa e de mulher. Mas não um exemplo no sentido piegas do termo, e sim, um exemplo por nos nutrir de esperança em um mundo mais humano. Teus sorrisos e teus olhares carinhosos, e cuidadosos com todos que te cercam traduzem um coração poético e nutrido de vida. Esses sentimentos tão nobres nos inspiram, e permitem que desejos estar cada dia mais perto, para aprender contigo...sempre. Que a vida possa te devolver os sorrisos que tu nos dedica, e possa te permitir renovação de fé e de esperanças, para seguir em frente buscando tua felicidade! Te amamos. Te queremos mais por perto. Beijos dos 4!


Diego Rigo compartilhou a foto dele.

Feliz aniversário que Deus te ilumine e te proteja com saúde e disposição por muitos anos. Desejo muitos anos de vida ao seu lado. Te amo



Um enorme e carinhoso abraço para a Ana Regina Rigo.