quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Novos Ventos: A vida começa aos 50...




Dominó, jogo de damas, canastra, paciência ou ainda, utilizar das habilidades manuais em artesanato e fazer pequenos consertos caseiros. Para aqueles que já ultrapassaram os 50 anos de idade eram alternativas mais comuns para passar o tempo.
Mas quem disse que estas pessoas querem passar o tempo?
Não. Nada disso. Na verdade todos nós queremos viver plenamente o tempo e marcá-lo com a nossa presença.
Vivemos o tempo em que os cinqüentenários estão em idade produtiva. Foi-se a era do descaso e da conversa na roda de amigos para os homens de meia idade. Dizem os especialistas em genética que o homem centenário já nasceu e ele viverá esta vida secular em sua plenitude e com saúde até o final dos seus dias. Em sendo assim, nada melhor do que darmos início a uma preparação para os novos moldes de expectativa da vida.
Neste contexto, seria difícil imaginar vivermos durante 100 anos, e 50 deles, ficarmos desocupados, ou pior, passar meio século tão somente preocupado com aquilo que não temos para fazer.
Diante desta nova realidade, sugestivamente, creio que o ser humano deva fazer algumas adaptações no estilo de vida, por exemplo; só aprender a andar de bicicleta quando, na comemoração de seus 51 aniversário. Para os homens, o alistamento militar obrigatório a partir dos 68 anos, pois assim teriam exercícios físicos diariamente, alimentação balanceada e grupos de amigos com muita camaradagem.
As mulheres fariam um segundo debut aos 65 anos e, apresentariam para a sociedade, além das formas curvilíneas de seus corpos e das marcas faciais de suas experiências, a prole que dela derivou.
Obviamente, a festa duraria dias , pois além do par escolhido, para a valsa, a debutante dançaria com o pai, o filho, o neto, o bisneto...
É claro que as hipóteses acima mencionadas são fictícias e servem apenas para aguçar o imaginário. Porém, devemos pensar em alternativas para viver na plenitude todos os dias de nossas vidas. Aos 50 anos de idade é preciso despertar a consciência de que temos mais meio século para viver e marcar a nossa passagem.




(Flávio Gonçalves)

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