A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer.
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer.
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer.
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer.
Não quero morrer, pois quero ver
como será que deve ser envelhecer.
Eu quero é viver pra ver qual é,
e dizer venha pra o que vai acontecer.
Eu quero que o tapete voe
no meio da sala de estar,
eu quero que a panela de pressão pressione
e que a pia comece a pingar.
Eu quero que a sirene soe
e me faça levantar do sofá,
eu quero pôr Rita Pavone
no ringtone do meu celular.
Eu quero estar no meio do ciclone
pra poder aproveitar,
e quando eu esquecer meu próprio nome
que me chamem de velho gagá!
Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé!
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer.
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender.
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr!
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer.
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer.
Não quero morrer, pois quero ver
como será que deve ser envelhecer.
Eu quero é viver pra ver qual é,
e dizer venha pra o que vai acontecer.
Eu quero que o tapete voe
no meio da sala de estar,
eu quero que a panela de pressão pressione
e que a pia comece a pingar.
Eu quero que a sirene soe
e me faça levantar do sofá,
eu quero pôr Rita Pavone
no ringtone do meu celular.
Eu quero estar no meio do ciclone
pra poder aproveitar,
e quando eu esquecer meu próprio nome
que me chamem de velho gagá!
Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé!
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer.
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender.
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr!
Arnaldo Antunes
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