André Midani, executivo francês e diretor da Gravadora Philips à época, apresentou uma sugestão trazida do México para Nelson Motta e Daniel Filho: contratar trilha sonora específica para as novelas da TV Globo com o intuito de fidelizar o público para uma emissora que ainda não era líder de audiência. E tudo iniciou com Véu de Noiva em que Antônio Adolfo-Tibério Gaspar desfilaram Teletema, na voz de Regininha e de Caetano, a música Irene, na voz de Elis. Então as músicas escolhidas para a trama revelaram-se uma explosão de sucesso e a Som Livre abraçou todo o projeto. Na década de 70 as parcerias musicais se auto-afirmaram com Antônio Carlos-Jocafi, Roberto-Erasmo, Paulo Coelho-Raul, Zé Rodrix-Tavito, Marcos-Paulo Sergio Valle, Baden Powell-Paulo Sergio Pinheiro, Nelson Motta-Guto Graça Mello. Em 1973, na novela O Bem Amado, de Dias Gomes toda a trilha sonora foi assinada por Toquinho-Vinícius, com pitadas para cultura religiosa com matizes africanos.
De modo que minha geração dançou e namorou sob a batuta das músicas de novelas. O presente ideal para a primeira namorada foi um compacto duplo da novela Os Ossos do Barão que tinha Wess e Dori Ghezzi (Tu Nella Mia Vita), Clifford T Ward (Gaye), Dave MaClean (Me and You) e Stylistics (You Make Me Feel Brand New). Amado ,né?
Mais adiante descobrimos Agnetha, Bjorn, Benny, Anni Frid ou Frida(Abba) de estrondosos sucessos elaborados por Benny-Bjorn e elevados às alturas pela maciez das vozes de suas esposas, a loira Agnetha e a não tão loira Frida. Foi numa manhã de 1976 que José Ernani mostrou na Planalto a música I do, I do, I do, I do, I do e eu, que estava estudando para uma prova de anatomia, fiquei encantado. Depois de Abba, Bee Gees, Bread, Michael Jackson, The Stylistics, Cat Stevens, Elton John e Barry Manilow nunca mais fomos os mesmos. Mas, também tinha Paulinho da Viola, Agepê, Martinho, Renato Terra, José Augusto, Fábio Júnior, Guilhermes Arantes e Lamounier...
Um dia Abba acabou. Agnetha que tinha casado antes dos vinte anos com Bjorn e era mãe e não suportava mais o ritmo das excursões, gravações, histerias de fãs e o cerceamento na vida sócio-familiar. Não entendia o glamour estendido a simples pessoas que compunham e cantavam. Ela somente desejava ser uma pacata mãe e levar a vida simples de uma mulher bem casada e sua vida era o inverso disso tudo. Resistiram, banda e casamento, até onde deu até que a diva explodiu: o que houve com a minha vida ? Não quero ser sucesso, quero ser feliz, perdi minha juventude, meu marido e meu gosto pelas coisas!!! E caiu fora para nosso desalento e para a nossa saudade.
Muitas vezes parece que nossos melhores momentos moram no passado e é para lá que desejaríamos retornar. Às vezes pegamos no sono leve das grandes recordações e enternecemos, sentimos o perfume das grandes estações, voltamos a ser as crianças-adolescentes que nunca deveriam nos abandonar até que alguém venha nos despertar. Não, não me acorde agora, por favor. Acorde-me somente quando for ontem novamente.
Somos todos muito diferentes e nossos melhores momentos não deveriam estar nem no passado e nem no futuro. O presente, este momento, é o que temos. Não há outro jeito. Se não toda mais Andante Andante vamos de Lepo Lepo.
Mais adiante descobrimos Agnetha, Bjorn, Benny, Anni Frid ou Frida(Abba) de estrondosos sucessos elaborados por Benny-Bjorn e elevados às alturas pela maciez das vozes de suas esposas, a loira Agnetha e a não tão loira Frida. Foi numa manhã de 1976 que José Ernani mostrou na Planalto a música I do, I do, I do, I do, I do e eu, que estava estudando para uma prova de anatomia, fiquei encantado. Depois de Abba, Bee Gees, Bread, Michael Jackson, The Stylistics, Cat Stevens, Elton John e Barry Manilow nunca mais fomos os mesmos. Mas, também tinha Paulinho da Viola, Agepê, Martinho, Renato Terra, José Augusto, Fábio Júnior, Guilhermes Arantes e Lamounier...
Um dia Abba acabou. Agnetha que tinha casado antes dos vinte anos com Bjorn e era mãe e não suportava mais o ritmo das excursões, gravações, histerias de fãs e o cerceamento na vida sócio-familiar. Não entendia o glamour estendido a simples pessoas que compunham e cantavam. Ela somente desejava ser uma pacata mãe e levar a vida simples de uma mulher bem casada e sua vida era o inverso disso tudo. Resistiram, banda e casamento, até onde deu até que a diva explodiu: o que houve com a minha vida ? Não quero ser sucesso, quero ser feliz, perdi minha juventude, meu marido e meu gosto pelas coisas!!! E caiu fora para nosso desalento e para a nossa saudade.
Muitas vezes parece que nossos melhores momentos moram no passado e é para lá que desejaríamos retornar. Às vezes pegamos no sono leve das grandes recordações e enternecemos, sentimos o perfume das grandes estações, voltamos a ser as crianças-adolescentes que nunca deveriam nos abandonar até que alguém venha nos despertar. Não, não me acorde agora, por favor. Acorde-me somente quando for ontem novamente.
Somos todos muito diferentes e nossos melhores momentos não deveriam estar nem no passado e nem no futuro. O presente, este momento, é o que temos. Não há outro jeito. Se não toda mais Andante Andante vamos de Lepo Lepo.
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