sábado, 30 de novembro de 2013

Ângela...

Gosto de gente com a cabeça no lugar,De conteúdo interno,
Idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente que ri,
Chora, se emociona com uma simples carta,
Um telefonema, uma canção suave, um bom filme,
Um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.
Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos,
Cultiva flores, ama animais.
Admira paisagens, poeira;
E escuta.
Gente que tem tempo para sorrir bondade,
Semear perdão, repartir ternuras,
Compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si,
Emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta,
Sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis,
Por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha,
Busca a verdade e quer sempre aprender,
Mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos.
Com muito AMOR dentro de si.
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta,
Apanha e assimila os golpes,
Tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim...
E desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também  gosta!

Arthur da Távola


Feliz Aniversário!



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Deika ...

Minha querida Orientadora!
Quero te agradecer, por tudo, principalmente por ter me incentivado a escrever sobre um tema novo, que desperta tanta paixão em nós! Obrigada por estar sempre disposta a me ajudar, por pesquisar junto comigo, me emprestar teus livros, me cobrar trabalho na hora certa. Obrigada por estar sempre disponível e por se mostrar sempre interessada, foi muito importante pra mim saber que podia contar contigo.
Um beijão, te adoro!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os filhos são como pipas...




“Os filhos são como as pipas;

Você 
Ensinará a voar, mas não voarão o teu voo
Ensinará a sonhar, mas não sonharão teu sonho.
Ensinará a viver, mas não viverão a tua vida.
Porém em cada voo,
em cada sonho,
e em cada período de suas vidas,
permanecerá para sempre os rastros de teus ensinamentos.”

Autor desconhecido

Tanto Cara


domingo, 24 de novembro de 2013

Mosaicos na UFSC...

                                                         
                           
São de  autoria do artista plástico Rodrigo de Haro, os diversos painéis de mosaicos  encontrados no prédio da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC localizados no hall de entrada.

Os textos da obra, executada durante as gestões dos reitores Diomário de Queiroz e Rodolfo Pinto da Luz, resumem a história das Américas por meio de relatos de viagens, crônicas pré-colombianas, lendas amazonenses, literatura colonial e poemas de autores contemporâneos. Há excertos de textos do folclorista Câmara Cascudo, dos navegadores/cronistas Francisco Lopes de Gómara e Adelbert Von Chamisso e de escritores brasileiros como Raul Bopp, Pedro Port e Alcides Buss. No lado interno do hall da reitoria, parte de uma parede é dominada por um mosaico com a imagem de Catarina de Alexandria, padroeira dos estudantes e do Estado de Santa Catarina. E, na parede a ser refeita, está a obra “Travessia”, com os traços de Rodrigo de Haro e os seres míticos que predominam em sua obra plástica.

Os painéis feitos por Rodrigo de Haro se tornaram uma das atrações da universidade e, para muitos, uma visita obrigatória para quem vem a Florianópolis. É comum pessoas que participam de congressos e outros eventos na UFSC posarem para fotos em frente à reitoria por causa da obra. O trabalho é citado no livro “Mosaicos brasileiros”, de Henrique Gougon, como uma das referências na arte do mosaico no país.


domingo, 10 de novembro de 2013

A juventude da maturidade...

                                                                     


Feliz aniversário!

Foi só ela ouvir o cumprimento e virou o rosto como se estivesse sendo agredida. “Não repita isso de novo. Não sei o que há de feliz em ficar mais velha”.

Respondi: “Você diz isso porque está fazendo 34 anos. Quando fizer 52, vai sentir vontade de pendurar balões pela casa”.

Ela desvirou o rosto e voltou a me encarar como se eu estivesse tendo algum surto de insanidade. Exatamente como aquelas expressões que ilustram a coluna da Mariana Kalil aqui no Donna, com um baloon escrito “HÃ?”.

Só quem atravessa ao menos cinco décadas de vida pode entender a bênção que é entrar na segunda juventude.

Claro que antes é preciso passar pelo purgatório. Poucos chegam aos 50 anos sem fazer uma profunda reflexão sobre a finitude, e dá um frio na barriga, claro. Amedronta principalmente quem ainda não fez nem metade do que gostaria de já ter feito a essa altura. Será que vai dar tempo?

Passado o susto, a resposta: vai. E se não der, não tem problema. Você não precisa morrer colecionando vontades não realizadas. Troque de vontades e siga em frente sem ruminar arrependimentos. Você finalmente atingiu o apogeu da sua juventude: é livre como nunca foi antes.

Sendo assim, não passe mais nem um dia ao lado de alguém que lhe esnoba, lhe provoca ou que não se importa com seus sentimentos. Pare de inventar razões para manter seus infortúnios, você já fez sacrifícios suficientes, agora se permita um caminho mais fácil. Se ainda dá trela a fantasmas, se ainda pensa em vingançazinhas ordinárias, se ainda não perdoou seus pais e seu passado, se ainda perde tempo com vaidades e ambições desmedidas, se ainda está preocupado com o que os outros pensam sobre você, está pedindo: logo, logo vai virar um caco.

Para alcançar e merecer a segunda juventude, é preciso se desapegar de todas aquelas preocupações que existiam na primeira. Quando essa Juventude Parte 2 terminar, não virá a Juventude Parte 3, mas o fim. Então, esta é a última e deliciosa oportunidade de abandonar os rancores, não perder mais tempo com besteiras e dar adeus à arrogância, à petulância, à agressividade, ou seja, adeus às armas, aquelas que você usava para se defender contra inimigos imaginários. Agora ninguém mais lhe ataca, só o tempo – em vez de brigar contra ele, alie-se a ele, tome o tempo todo para si.

Eu sei que você teve problemas, e talvez ainda tenha – muitos. Eu também tive, talvez não tão graves, depende da perspectiva que se olha. Mas isso não pode nos impedir a graça de sermos joviais como nunca fomos antes. Lembra quando você dizia que só gostaria de voltar à adolescência se pudesse ter a cabeça que tem hoje? Praticamente está acontecendo.

Essa é a diferença que tem que ser comemorada. Na primeira juventude, tudo vai acontecer. Na segunda, está acontecendo.

                                                      Martha Medeiros


Jornal Zero Hora – 10/11/2013

Sonho de Consumo

                                                                      


Hoje, morar em Floripa virou um sonho de consumo. Não conheço brasileiro de bom gosto que não ame Floripa, que não persiga a Ilha nos verões abrasivos ou na amenidade de abril-maio, querendo testemunhar os mais belos "ocasos" do planeta - e, por tabela, ouvir os "casos raros" da ilha formosa. Seria o caso de se parodiar o samba famoso e versejar:

- Quem não ama Floripa/ Bom sujeito não é/ Ou é ruim da cabeça/ Ou doente do pé...

Há, contudo, "ruins da cabeça" que não acreditam mais na salvação da cidade, condenada ao imobilismo. E pregam, de forma mesquinha, uma política de "pão e água" para Floripa, cujos problemas urbanos "não mereceriam mais o investimento e a atenção dos governos".

Aí, perdem a razão. A esses poucos dedico um poema do modernista imortal Raul Bopp, que se enamorou de Floripa quando aqui esteve nos anos 1930. Versos livres, que chamou "Florianospi":

Florianospi de casaria tranquila/ Penteada com ar colonial/ As ruas abraçam a gente:/ - Como vais?/ Moças olham quem passa das janelas/ Criança faz pipi na calçada/ Na praça, as velhas árvores protegem os namorados.../ Ah, adeus cidade titia/ Que dá melado pra gente./

Pois é. Floripa dá melado para todos, mesmo para aqueles que contra ela destilam fel.

                                  Sérgio da Costa Ramos
                                   Diário Catarinense



domingo, 3 de novembro de 2013

Uma oração para os vivos...

                                                                   

        Que honremos o fato de ter nascido, e que saibamos desde cedo que não basta rezar um Pai- Nosso para quitar as falhas que cometemos diariamente. Essa é uma forma preguiçosa de ser bom. O sagrado está na nossa essência, e se manifesta em nossos atos de boa-fé e generosidade, frutos de uma percepção profunda do universo, e não de ocasião. Se não estamos focados no bem, nossa aclamada religiosidade perde o sentido.

Que se perceba que quando estamos dançando, festejando, namorando, brindando, abraçando, sorrindo e fazendo graça, estamos homenageando a vida, e não a maculando. Que sejam muitos esses momentos de comemoração e alegria compartilhados, pois atraem a melhor das energias. Sentir-se alegre não deveria causar desconfiança, o espírito leve só enriquece o ser humano, pois é condição primordial para fazer feliz a quem nos rodeia.

Que estejamos sempre abertos, se não escancaradamente, ao menos de forma a possibilitar uma entrada de luz pelas frestas. Que nunca estejamos lacrados para receber o que a vida traz. Novidade não é sinônimo de invasão, deturpação ou violência. Acreditemos que o novo é elemento de reflexão: merece ser avaliado sem preconceito ou censura prévia.

Que tenhamos com a morte uma relação amistosa, já que ela não é apenas portadora de más notícias. Ela também ensina que não vale a pena se desgastar com pequenas coisas, pois no período de mais alguns anos estaremos todos com o destino sacramentado, invariavelmente. Perder tempo com picuinhas é só isso, perder tempo.

Que valorizemos nossos amigos mais íntimos, as verdadeiras relações pra sempre.

Que sejamos bem-humorados, porque o humor revela consciência da nossa insignificância – os que não sabem brincar se consideram superiores, porém não conquistam o respeito alheio que tanto almejam. Ria e engrandeça-se.

Que o mar esteja sempre azul, que o céu seja farto de estrelas, que o vinho nunca seja proibido, que o amor seja respeitado em todas as suas formas, que nossos sentimentos não sejam em vão, que saibamos apreciar o belo, que percebamos o ridículo das ideias estanques e inflexíveis, que leiamos muitos livros, que escutemos muita música, que amemos de corpo e alma, que sejamos mais práticos do que teóricos, mais fáceis do que difíceis, mais saudáveis do que neurastênicos, e que não tenhamos tanto medo da palavra felicidade, que designa apenas o conforto de estar onde se está, de ser o que se é e de não ter medo, já que o medo infecciona a mente.

Que nosso Deus, seja qual for, não nos condene, não nos exija penitências, seja um amigo para todas as horas, sem subtrair nossa inteligência, prazer e entrega às emoções que nos fazem sentir plenos.

A vida é um presente, e desfrutá-la com leveza, inteligência e tolerância é a melhor forma de agradecer – aliás, a única.


Martha Medeiros
                 


   

A vida tem sabor pela morte...

                                                                               

Cada declinar do dia aponta o dormitório final do homem a qualquer hora pela morte.
 O dia se despede, dando um até logo, deixando lugar às sombras que com vagar se completam. 
A noite é uma pequena morte. Alguns santos, quando deitavam, ensaiavam sua sepultura.
Como o dia acaba, e nos preparamos para hibernar, de modo análogo acabará nosso tempo, nossos anos, nossos dias. Os dias e horas se vão esvaindo e, como crianças desobedientes que não querem ir cedo pra cama, nenhum de nós almeja dormir tão logo eternamente.
 Devemos ser capazes de entregar a Deus o trabalho incompleto de cada dia, da mesma forma que entregaremos, por ocasião da morte, a tarefa incompleta de nossa existência na terra.
É sábio e realístico entregar o fim do dia e deixar tudo para o outro amanhecer, o que não podemos concluir nesse adormecer.
Mais sapiente ainda é a entrega final de nosso ser, entregando a Deus nossa existência mortal, apesar de nos enxergarmos incompletos no temeroso dia final. Há necessidade de estar ciente de constituir-me num ser finito e limitado, cada qual caminhando para a derradeira morte.
 Na perspectiva heideggeriana, o homem é ser-de-angústia, ser-de-projeto e, em especial, o que o filósofo da flor esta negra chamou de ser-para-a-morte.
 Segundo o filósofo existencial e um tanto fatalista, o ser-aí é o homem e o mundo ao mesmo tempo, em sua realidade finita e imediata, entregue ao seu destino.
Desse modo, o homem também não é uma mera coisa que reside inerte em um mundo emergente. Pelo contrário, na medida em que compreende o seu ser mergulhado na história, o homem se coloca no campo da possibilidade e elabora a criatividade de seu existir.
O declínio de cada entardecer provoca uma angústia e nostalgia em cada um de nós, vendo o dia que passa ser engolido pelas trevas e desaparecendo no vazio da insignificância como tempo perdido que não volta. Da mesma forma, no ocaso de nossa permanência no mundo, seria frustrante crer que declinados simplesmente em pó, fossemos engolidos pela morte e escuridão, sem esperança de alvorecer para uma eternidade.
Ninguém de nós quer abraçar a morte. Não queremos partir e não queremos deixar que os que amamos partam. Se vamos a um velório e em finados visitarmos os túmulos de nossos mortos, existirá nessa hora a vantagem de ainda não ser eu que estou lá. Mas um dia estarei usando a última vestimenta de madeira. Tememos a morte como uma vilã que vem nos assombrar, em hora incerta e imprecisa. Muitos se angustiam com sua chegada. O temor é normal, a angústia, existencial e paradoxal.
A angústia é mais ampla que o temor, pois carrega um pretenso remorso de haver vivido em vão os nossos dias, que passam como sombra. Como diz um salmo: “O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa” (Salmo 144).
A perspectiva cristã aponta uma e única vida depois da morte.
 Ao bom ladrão arrependido a seu lado no calvário, Jesus prometeu que ainda naquele mesmo dia estaria ele com Deus no paraíso, não depois de repetidas vidas após esta.
A eternidade consiste em uma continuidade dessa vida que damos andamento e direção, quer para a salvação, quer para a perdição. O livro da sabedoria aponta que Deus não fez a morte, nem tem prazer com a destruição dos vivos e que a justiça é imortal (Sb 1,13-15).
Na verdade, é a morte que dá sentido à vida, as sombras dão destaque à luz, a noite dá beleza ao dia, a negritude da noite, o destaque às estrelas cintilantes
É a presença da maldade que dá heroísmo à bondade, a angústia dá sabor ao conforto, à paz e tranquilidade.
 É a efemeridade da vida passageira que tempera a infinitude, que buscamos cada qual, criados que fomos por um Deus Imortal e Eterno.
Gerson Schmidt

Saudade...

                             

                                 Lembro-te ...Eis que a noite avança...
                                 Repetes comigo a Ave Maria...
                                 A prece te acalma e te alivia
                                 No constante dever que não te cansa.          

                                   
                                 Afagas-me os cabelos... Leve trança...
                                 Agradeces o pão de cada dia...
                                 No pobre Lar, teus gestos de alegria
                                 Tecem nossos poema de esperança...


                                 Hoje moro no Além... Amor imenso...
                                 Quero ver-te, porém, anoto, penso...
                                 Envolvida em meus sonhos irreais...


                                 Onde a estrela em que vives? Onde? Onde?
                                 O Tempo ouve, passa e não responde...
                                  E a saudade a doer, dói sempre mais...


                                                   (Auta de Souza)                               




sábado, 2 de novembro de 2013

Henry Scott Holland...

                                                                 


A morte não é nada. 
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram,
falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,
eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem
a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim, rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho.
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua,
linda e bela como sempre foi."

Ti lascio una canzone...



Ti Lascio Una Canzone

Deixando você Canção

Finito il tempo di cantare insieme Após o tempo de cantar junto
si chiude qui la pagina in comune Aqui fecha a página em comum
il mondo si è fermato io ora scendo qui O mundo parou agora desça aqui
prosegui tu, ma non ti mando sola… De continuar, mas não lhe enviar um ...
RIT.: Ti lascio una canzone RIT:. Vou deixar-lhe uma canção
per coprirti se avrai freddo para cobri-lo se você ficar frio
ti lascio una canzone da mangiare se avrai fame Vou deixá-lo comer, se você tem uma canção de fome
ti lascio una canzone da bere se avrai sete Deixo-vos uma música, se você está sedento para beber
ti lascio una canzone da cantare… Deixo-vos a cantar uma música ...
una canzone che tu potrai cantare a chi… uma música que você pode cantar para aqueles que ...
a chi tu amerai dopo di me…. para quem você ama depois de mim ....
Ti lascio una canzone da indossare sopra il cuore Vou deixar para você uma canção para ser usado sobre o coração
ti lascio una canzone da sognare quando hai sonno Deixo-vos a sonhar com uma música quando você dorme
ti lascio una canzone per farti compagnia Deixo-vos uma música para sua empresa
ti lascio una canzone da cantare… Deixo-vos a cantar uma música ...
una canzone che tu potrai cantare a chi… uma música que você pode cantar para aqueles que ...
a chi tu amerai dopo di me… para quem você ama depois de mim ...
a chi non amerai senza di me…quem não ama sem mim ...



Uma lembrança...



Você está chorando?
Não... Entrou algo em meus olhos.
O quê?
Uma lembrança...

(autor desconhecido)