O essencial não está na pétala nem na pedra,
nem no néctar adocicado das corolas,
nem naquilo, Safo, a que cada um está preso
pelo coração. O essencial está no que liga
o olhar à água, à cratera aberta à boca
de uma língua de espuma ou de terra.
O essencial é a paz de uma casa atormentada
pela guerra das sombras e dos rumores.
O essencial é o branco desmaiado
de uma lua cheia de segredos, alucinada
pela rotação eterna em que se perde
o sonho e a viagem, a eternidade dos astros
em busca de um lugar em que se açoitem,
de um buraco negro em que o essencial seja
o eixo de coisa nenhuma que ampara o universo
e o abriga das tentações do infinito. (José Letria)
nem no néctar adocicado das corolas,
nem naquilo, Safo, a que cada um está preso
pelo coração. O essencial está no que liga
o olhar à água, à cratera aberta à boca
de uma língua de espuma ou de terra.
O essencial é a paz de uma casa atormentada
pela guerra das sombras e dos rumores.
O essencial é o branco desmaiado
de uma lua cheia de segredos, alucinada
pela rotação eterna em que se perde
o sonho e a viagem, a eternidade dos astros
em busca de um lugar em que se açoitem,
de um buraco negro em que o essencial seja
o eixo de coisa nenhuma que ampara o universo
e o abriga das tentações do infinito. (José Letria)
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