Dos alimentos tradicionalmente consumidos na época do Natal,
o Panetone talvez seja o mais característico e o que melhor se identifica para
a ocasião. Numa ceia natalina que se
preze não pode faltar este acompanhamento para a carne de
peru, para as nozes e as frutas da estação. De sabor docemente diferenciado,
com formas arredondadas e mescla de damasco, laranja, figo, maçã e uva passa,
traduz o gosto inconfundível da comemoração em família.
Há relatos de que o panetone teria sido inventado no ano de
1395 pelo mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão. O fato
teria acontecido por ocasião de uma festa. Outra versão, é de que foi criado
por um padeiro milanês da região da Lombardia no início do século XV. Toni, o
padeiro apaixonado por uma moça belíssima, com a intenção de impressionar o
sogro, inovou uma receita de pão recheado com frutas criastalizadas.
A novidade fez tanto sucesso que passou a ser chamada de pan
di toni.
Se acreditarmos na segunda explicação do surgimento do
panetone, que parece ser a mais viável, o pão fermentado deve ter cumprido o
seu propósito naquela oportunidade ou, pelo menos deve ter conquistado a
apreciação de outras tantas pessoas, dentre elas, inúmeros sogros com lindas
filhas, as sogras, cunhados,amigos...
O fato é que, até hoje, a receita secular permanece
agradando os consumidores. E, por conta da grande aceitação, o produto se
transformou em um símbolo da comemoração natalina. Este pão azedo-adocicado,
naturalmente fermentado, ganhou requintes de gotas de chocolate, o “chocotone”,
frescor de sorvete o “Sorvetone”, e quem sabe num futuro próximo, para nós
gaúchos, entre no mercado um sabor indispensél o “Churrastone”. Uma espécie de
panetone para acompanhar o nosso tradicional churrasco. Que tal?
(Flávio
Gonçalves)
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