Eras um rosto
Na noite larga
De altas insônias
Iluminada.
Serás um dia
Vago retrato
De quem se diga:“
o antepassado”.
Eras um poema
Cujas palavras
Cresciam dentre
Mistério e lágrimas.
Serás silêncio,
Tempo sem rastro,
De esquecimentos
Atravessados.
Disso é que sofre
A amargurada
Flor da memória
Que ao vento fala
Cecília Meireles
Nenhum comentário:
Postar um comentário