Osilêncio é o eco reflexivo interior, o vôo da solidão gigante, o grito
eloqüente no auge da dor, o clamor do oprimido, a expressão criadora do poeta.
O silêncio é a ausência de barulho, sons, vozes e ruídos, segundo a definição
de dicionários e enciclopédias.
Do ponto de vista da espiritualidade, o silêncio é força e caminho propício à
introspeção e à meditação.
O silêncio dos imensos desertos, por onde caminham os peregrinos, em busca da
fonte inesgotável de paz e harmonia.O silêncio que nos acompanha na intimidade
e está conosco no instante final, companheiro e guia no caminho da eternidade.
Silêncio é as forças misteriosas, repletas de sutilezas e transparências, que
nos dá a medida exata da pureza, da humildade, da riqueza interior.
Sem o silêncio a alma fica pequena.
“Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista, o
silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria, o silêncio
imbecil, o silêncio do desprezo. Há pessoas que matam com seu silêncio. Há
silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite. ·O silêncio
mais puro é aquele que guarda a confidência. Este silêncio jamais é excessivo.
Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado na intimidade da
amizade e do amor. ·”.
Não é querer que alguém transforme a sua casanuma arca,
tal como Noé, mas que ter alguns bichinhos de estimação em casa fazem a gente
mais feliz, isso sim é certo. Claro que não é preciso agir como salvador das
espécies e reunir todos os exemplares do reino animal na sua humilde
residência. Mas um gatinho, um cachorro, um peixe.
É claro que não se pode esperar que todos tenham amesma capacidade de entender os animais,
como tinha São Francisco de Assis. Porém, para uma boa convivência e prazer
mútuo com aqueles que elegemos como companhia, são indispensáveis; o respeito,
o carinho e a atenção.
É cada vez mais comum vermos as pessoas manterem uma
relação de amizade com criaturas diferentes da sua espécie. Dispensar alguns
momentos aos bichinhos de estimação não setrata de um hobby, mas uma opção e modo de viver . Imagine nos dias
nublados do inverno gaúcho, acordar com o trinado melodioso de um canário
belga, ou despertar com o cantarolar de uma calopsita, de um periquito e até
mesmo o pedido enrolado dum papagaio, cheio de graça dizendo “louro quer café”.
E o que dizer do cãozinho fiel que não está nem aí pro
mercado de ações, investimentos, taxas de juros e demais problemas que
atormentam os seres humanos e que, ao ver você chegar em casa, saltita de
alegria e abana o rabo para os problemas da humanidade, porque para ele, o que
importa é fazer você feliz e ser feliz ao seu lado.
E os gatos. Ah, os felinos parecem terem desenvolvido uma
habilidade notável na convivência com os humanos. Além de demonstrarem com
ninguém o carinho através de ronronados e esfregar de pêlos em nossas pernas,
encaram firmemente o fundo de nossos olhos, como se pudessem entender as mais
profundas ansiedades e, no seu silêncio nos transmitem a compreensão e serenidade.
Estas criaturas de estimação ocupam um lugar especial em nossas vidas, são companheiros disponíveis, amigos fiéis e incondicionais. E o que nos pedem em troca? - Quase nada. Além da possibilidade de conviver, da responsabilidade de alimentá-los e de retribuirmos o carinho que eles nos dão.
Este texto foi publicado em maio de 1987 no jornal ZH. Seu autor é Wanderley Soares - Editor de Polícia do jornal. A crítica feita se refere a um caso concreto da época, mas verdade que relata é ainda a mesma. Vale a pena ler e reproduzir.
Do Incidente
Os dramas, as angústias, a solidão das criaturas que vivem em estado de miserabilidade são tão insondáveis, são tão esotéricos, são tão inatingíveis, quanto os momentos de luxúria, deslumbramento, êxtase, em que vivem aqueles que lucram com a miséria, aqueles que são tão mais poderosos quanto maior for a aldeia dos marginalizados. Mas não só os miseráveis vivem sob esse círculo de fogo que parece intransponível a não ser por um milagre dos céus ou por um ato de violência extrema.
Os pobres, os simplesmente pobres, têm para si demônios tão fortes quanto os que cercam a aldeia dos miseráveis. Ainda que não sejam pedintes, ainda que não roubem, ainda que trabalhem, podem apenas sonhar com a casa própria, com a mesa farta, com o carro à porta, com as crianças na escola, com o vinho ao jantar. Essas conquistas que parecem tão poucas, são alcançadas, nem sempre por inteiro, depois de uma vidade inteira de trabalho. O homem pobre, ao adquirir uma casa, está próximo de adqurir um túmulo.
Num óleo e até numa foto preto e branco, há uma certa beleza nas favelas num alto do morro, nos casebres à beira dos rios. Há alguma coisa de estóico nas mulheres e crianças carregando água em baldes, nos homens fazendo mais uma peça com um pedaço de lata e restos de madeira. Há alguma coisa de lírico quando a noite desce sobre a miséria e de longe as luzes denunciam a continuidade da vida e imagina-se um carteado, uma roda de cachaça, vultos suspeitos descendo para a cidade, uma criança chorando.
Os pobres, os simplesmente pobres, ainda conseguem manter em sua comunidade uma beleza real. Conseguem, em mutirão de famílias, colorir suas casas, emoldurar seus retratos, musicar seus domingos. Os miseráveis estão muito longes do óleo ou da foto em preto e branco. Vivem num ambiente surrealista, onde não se sabe a diferença entre a latrina e a cozinha, onde a mulher, com ou sem vocação para a protituição, é desintegrada ainda menina, onde o homem, ainda criança, se torna inimigo de si mesmo.
Mas há um detalhe trágico que vale com absoluta igualdade para pobres e miseráveis. Ambos são tacitamente ilegais, ambos sobrevivem ao arrepio da lei, ambos são suspeitos. E observam que há uma terrível lógia para isso, pois são os pobres e miseráveis que lotam os presídios do País.Assim, é gerada uma deformação profissional em um ou outro grupo de policiais, militares ou civis. E quando o suspeito, além de pobre é negro, sua execução, em princípio, não é tratada como crime, ainda que se trate de um inocente: é um incidente. (dirfam.blogspot,com)
Vida! Caminhada curta, efêmera, chama de vela. A ordem
é ser ou tentar ser feliz a cada instante.
Felicidade não é um
destino. É obra de arte. Uma viagem. Os momentos são únicos! Não
voltam mais! Alados por pinceladas de imaginação, podem ser
mágicos! Marcos de saudades.
Ame sempre, como se nunca tivesse
sofrido . Trabalhe com prazer. Cante as dores e cultive a paz. Sorria
sempre! O sorriso enobrece, encanta.... Sorriso é prece! É Deus dentro
da gente!
Encante-se com as pessoas! Passe-lhes o que há de
maravilhoso em si: o jeito maroto, o olhar trigueiro, a maneira
manhosa, assanhada, faceira... as gargalhadas e até as lágrimas. Não é
vergonha, é sensibilidade, autenticidade...
Sem que se
esforce, sem que perceba, estará sempre entre os parceiros da
alegria, caminheiros da amizade, partícipes de uma linda viagem chamada
felicidade!
Estou aqui ao lado, à margem de seu caminho vendo você passar. Quero
que vá sozinho, mas me mantenho por perto. Se o rumo é certo me aprumo
e aplaudo. Se é via tortuosa, jogo-lhe aos pés uma rosa pra que
desviando dela você chegue a outro lugar. Se a sombra é fria, mando-lhe
um beijo quente e se o chão queima do sol nascente, estendo-lhe a
poesia para que o possa atenuar. Se não houver alimento, peço ao
vento sementes que lhe tragam vida e para a sede roubo do céu a lágrima
caída da madrugada. Mas se você não precisar de nada ainda assim eu
estarei vigiando escondida talvez atrás de um querubim. E quando faltar só
um passo para atingir o seu fim, tente me achar. Devo estar já
dissolvida e transformada abençoando sua vida e sua estrada na forma clara
e casta de um jasmim.
Lembre-se que todo grande homem já foi um pequeno menino que não sabia o que fazia e ele só se tornou grande, porque soube dar valor aquilo que tem e nunca teve medo de lutar por aquilo que acredita.