Chegam as primeiras chuvas anunciando
o fim de um tempo escaldante de verão.
Distanciam-se os dias de luar e cio,
fica o canto, a vibração, a nostalgia,
fragmentos de risos, sonhos e ilusão.
A praia sem a obrigação de ser verão,
serenamente perde-se na linha do horizonte.
Os dias continuarão mornos e ensolarados.
E ao fim da tarde o sol fará sua despedida
em coloridos raios até morrer atrás do monte.
Um vento errante há de vagar sobre a praia,
anunciando teatralmente o fim da estação,
soprando emoções quebradas na areia,
como a despedida dos amores de verão.
Termina temporada, termina o verão,
Recolhe-se a rede, o guarda sol, a esteira,
Recolhem-se as sereias e musas do mar,
Fim de viagem, morre a estação derradeira...
(Sônia Schmorantz)
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